Depois da fracassada aposta em Jesualdo Ferreira, o Santos fechou, logo na primeira reunião com José Carlos Peres, com Cuca. A princípio, contrato até o fim do Campeonato Brasileiro. Mesmo sabendo que ele teve passagem conturbada pelo clube em 2018. Mas era o único disponível no mercado disposto a topar o desafio de treinar um time esfacelado.
Seu último título foi o Brasileiro. Mas foi há quatro anos, com o Palmeiras. À primeira vista, ele disputava a vaga com os experientes Abel Braga, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes. Mas, além dos altos salários, pesou contra eles a grande rejeição de boa parte dos conselheiros que dão sustentação política ao presidente santista.
Cuca tem 57 anos. É considerado jovem perto de veteranos como Abelão e Felipão. E com bons conceitos de futebol. O treinador já esteve três vezes na Vila Belmiro. Em 1993, foi jogador do clube. Em 2008 e 2018, foi contratado para comandar o Peixe. Agora, pela terceira vez, ele chega com o desejo de vencer pela segunda vez a Libertadores e o Brasileiro.
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Mas a fase atual do Santos o faz ter cautela. Ele não tem condições de prometer títulos. Cuca foi contratado por pressão de conselheiros que tem forte influência sob o presidente. Além disso, eles argumentaram que o time precisava de um treinador empenhado e vibrante. E que não se acomodasse diante dos problemas financeiros do clube.
O Santos com seus inúmeros problemas caiu no colo de Cuca. Integrantes da diretoria convenceram José Carlos Peres que o treinador conseguirá evitar que a equipe lute contra o rebaixamento no Brasileiro. Afinal, o presidente trabalha para impedir uma debandada por causa dos salários atrasados.
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O técnico tinha ofertas da China, onde seu nome tem boa aceitação após passagem vitoriosa pelo Shandong Luneng. Mas quando houve a possibilidade de voltar ao Santos, não pensou duas vezes. Afinal, estava sem mercado no Brasil. E agora, terá de lidar com a falta dinheiro na Vila Belmiro. E também com o elenco limitado oferecido por José Carlos Peres.
Ele não terá muita liberdade para reformular o elenco, mas será cobrado para formar uma equipe guerreira, competitiva e vibrante. No entendimento da diretoria faltava um treinador capaz de sacudir o elenco. Além disso, o presidente não foi rancoroso. Fez questão de esquecer a troca de farpas com Cuca em 2018.
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Comparado a Jesualdo Ferreira, Cuca foi uma contratação barata e simples. O português ganhava R$ 600 mil por mês. Cuca receberá bem menos. O Santos queria pagar R$ 250 mil, Depois de algumas horas de reunião com José Carlos Peres, ele conseguiu mais R$ 100 mil. Seu salário será de R$ 350 mil.
Desempregado, Cuca sabia que teria mercado após os estaduais. Enfrentou onze meses de desemprego. Foi demitido do São Paulo em setembro de 2019. E foi especulado no Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro e Fluminense. Mas não se interessou pelos projetos. Desde 2018 não ganha nada, quando conquistou o Brasileirão pelo Palmeiras.
Além de reconstruir o elenco, Cuca e José Carlos Peres, que prometeu ficar mais próximo do futebol, escolherão reforços pontuais. Terão de mapear o mercado. O treinador é expert em encontrar jogadores ‘encostados’. E tem capacidade para recuperá-los. Este será o seu maior projeto. Formar um time competitivo para disputar o Campeonato Brasileiro.
CURTINHAS:
FALA, CUCA! “Não venho pensando em questão financeira, mas sim no prazer de trabalhar no Santos”, disse Cuca na sua chegada ao Santos.
ESTAMOS DE OLHO: “Não pego trabalho no meio do ano, e não aceito clube com dificuldade financeira”, disse Cuca quando foi convidado para comandar o Botafogo em 2019.
NÚMEROS: Cuca chega para sua terceira passagem pelo Santos. No total, ele já comandou o clube em 42 jogos, com 13 vitórias, 14 empates e 15 derrotas.
TURMA BOA: Cuca chega ao Santos acompanhado de dois profissionais da sua confiança: o auxiliar técnico Cuquinha e o preparador físico Omar Feitosa. Eudes Pedro ficou fora dessa.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Esporte News Mundo*
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