São Paulo

‘Se o Tadeu não estivesse tão inspirado, o placar poderia ter sido mais elástico’, declara Diniz

Diniz fala após vitória do SP contra o Goiás
Reprodução/SPFC TV

O São Paulo recebeu o Goiás pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro e, após tomar um gol de Fernandão aos 18 minutos do primeiro tempo, conseguiu a virada. Crias de Cotia, Brenner, em tento discutido e autorizado pelo VAR após cabeçada, e Igor Gomes, no segundo tempo, encontraram o caminho das redes. Com a vitória por 2 x 1, o tricolor paulista dormirá de sábado para domingo na terceira colocação do Campeonato Brasileiro. Com apenas 12 pontos conquistados, o Goiás amarga a lanterna da competição.

Mesmo em noite inspirada do goleiro Tadeu, o São Paulo, com a vitória, conseguiu se consolidar na liderança das equipes que possuem os melhores números do Brasileirão. Ao todo, são 33 pontos em 51 disputados, o que é equivalente a 64,7% de aproveitamento. Vale frisar que, embora o duelo diante do Esmeraldino fosse válido pela primeira rodada do returno do certame, o São Paulo disputou apenas 17 partidas no torneio mais importante do país. Ou seja, o time de Fernando Diniz possui três jogos a menos em relação à maioria dos postulantes ao título.

O treinador, aliás, concedeu entrevista coletiva após o apito final. Após iniciar suas respostas pontuando alguns problemas, como jogo mais arrastado por conta da arbitragem e demora excessiva na reposição de algumas bolas por parte dos atletas do Esmeraldino, Diniz projetou a partida contra o Flamengo:

“Será um duelo difícil. Ganhamos a última partida no Maracanã por termos jogado bem, mas, dentro das nossas características, a ideia é fazer um jogo bom. Não espero mudanças táticas de nenhum lado. A energia deve ser a mesma do jogo em que saímos vitoriosos”, pontuou.

De acordo com o técnico, a produção ofensiva de sua equipe diante do Goiás também chamou a atenção. Confira:

“Oferecemos poucos contra-ataques, que é o que eles estavam esperando. No primeiro tempo, nos faltou circular mais a bola de um lado para o outro. Fora isso, acho que a equipe produziu bem. Jogar contra times como o Goiás, que se defende muito, é bastante difícil. Então temos que valorizar a vitória principalmente após sairmos perdendo”, afirmou.

Quanto ao polêmico gol de Brenner, que foi “dado” pelo auxiliar, Diniz foi enfático:

“Não vi o lance, mas o que vocês fariam? Cada um escolhe o que for mais conveniente. Fico com o bandeirinha. Em um lance de dúvida, talvez o gol tivesse de ser premiado. Contra o Atlético-MG, por exemplo, o VAR errou em um momento-chave de nossa participação no jogo. Se a imagem foi inconclusiva, temos que respeitar. Temos que saber ponderar e isentar a arbitragem de qualquer responsabilidade”, declarou.

Ainda segundo o treinador, que defendeu a sadia briga pela lateral-direita entre Juanfran e Igor Vinícius, ocupar os espaços de forma dinâmica é crucial para que seu estilo de jogo resulte em placares positivos. Veja:

“Sabemos ocupar dinamicamente os espaços do campo. Não tem muito a ver com o jogo posicional. Eu acho que o jogo dinâmico é o melhor modelo para executarmos isso. Às vezes abrimos mão da mobilidade, mas a ideia é ocupar os espaços de maneira prática e acertada”, explicou.

Questionado sobre arriscar e fazer seu time jogar no limite, Diniz foi claro:

“Não sei se jogamos tanto no limite. É um risco calculado. Tínhamos a preocupação da bola aérea, então pensei em deixar o Luan fazendo a função do Diego Costa no momento da substituição. Cada jogo é um jogo. O que vale é o que vem pela frente, não o que ficou para trás. Vamos focar bastante para fazermos dois grandes duelos contra o Flamengo”, ponderou.

No final, o comandante tricolor foi perguntado a respeito da explicação da temporada do time, que foi desclassificado de três torneios (Paulistão, Libertadores e Sul-Americana), mas segue bem no Brasileirão. Na resposta, Diniz disse o seguinte:

“A derrota do Mirassol foi muito dura. Pela Libertadores, a altitude pesou um pouco, mas não vejo como um fiasco. Na Sul-Americana, a eliminação foi diferente. Pelo desempenho, jogamos melhor, mas acabamos pecando no final, o que pesou no resultado. No Brasileirão, estamos conseguindo ser estáveis. Fomos regulares e estamos colhendo bons frutos”, posicionou.

O técnico são-paulino finalizou a coletiva apontando detalhes sobre o excesso de cruzamentos na área Esmeraldina. Confira:

“A falta de espaço pesou um pouco e, se fôssemos pelo centro, teríamos menos chances. Tivemos de explorar melhor os dois lados do campo. Se o Tadeu não estivesse tão inspirado, poderíamos ter ganhado por um placar mais elástico”, finalizou.

Para saber tudo sobre o São Paulo, siga o Esporte News Mundo no InstagramTwitter Facebook.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo