Olimpíadas

Sem o melhor elenco das Olimpíadas, o que a Seleção feminina de vôlei precisa fazer para voltar ao pódio em Tóquio?

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Foto: Jonne Roriz/COB

Dez participações olímpicas. Quatro medalhas, sendo duas de ouro e duas de bronze. Desde 1988, em Seul, a Seleção Brasileira de vôlei feminino não havia terminado a disputa das Olimpíadas sem se classificar às semifinais, quando ocupou a sexta colocação. Porém, em 2016, dentro de casa, o Brasil deu adeus ao tricampeonato olímpico nas quartas de final após ser derrotado pela China por 3 sets a 2 diante de um Maracanãzinho lotado.

Apesar da reformulação no elenco, que deveria ter sido feita na ultima edição dos Jogos Olímpicos, o técnico José Roberto Guimarães e as atletas brasileiras não terão vida fácil em Tóquio. Isto porque, desta vez, a Seleção Feminina não chega como a segunda ou a terceira favorita ao título, sequer como a primeira. A atual campeã China, de Ting Zhu, a Itália, de Egonu, a Sérvia, de Boskovic, e os Estados Unidos, que venceram a Liga das Nações (VNL) duas vezes em cima do Brasil, são os times favoritos ao ouro.

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Para esquecer 2016 de vez e voltar à semi de uma Olimpíada, a força do conjunto das 12 jogadoras (Macris, Roberta, Tandara, Rosamaria, Gabi, Natália, Fernanda Garay, Ana Cristina, Carol Gattaz, Bia, Carol e Camila Brait) será de extrema importância, uma vez que o elenco, no papel, é mais fraco comparado com as adversarias.

O Grupo A é formado pelo Japão, Brasil, República Dominicana, Quênia, Coréia do Sul e Sérvia, enquanto o Grupo B tem três das quatro candidatas ao título olímpico mais a Argentina, o Comitê Olímpico Russo e a Turquia, tornando-o, assim, o ‘grupo da morte’. Na primeira fase, a Seleção comandada pela capitã Natália Zílio tem que ficar entre as quatro primeiras posições para avançar às quartas de final, o que não será tão complicado, já que terá apenas a Sérvia como uma pedra no sapato. Entretanto, todo cuidado é pouco em uma Olímpiada, e Zé Roberto sabe bem disso.

A única dúvida em relação à formação inicial se deve por conta da fratura no quinto dedo da mão esquerda da ponteira Natália, que participou apenas da fase final da VNL, e briga a titularidade com Fernanda Garay, líder nato do grupo. O provável elenco titular terá a levantadora Macris e a oposta Tandara, as centrais Gattaz e Carol, a ponteira Gabi e a líbero Camila Brait. Como trunfo, a comissão técnica brasileira poderá contar com a jovem Ana Cristina, de 17 anos e com a inversão 5×1 composta por Roberta e Rosamaria, a qual fez a diferença na disputa da Liga das Nações.

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O bom passe será essencial para que o jogo rápido de Macris, principalmente com as centrais, funcione. Zé não tem as jogadoras mais altas, mas tem a potência da Tandara, a habilidade da Gabi e a experiência da Gattaz. Brait não pode ser sobrecarregada e deve ter a ajuda das ponteiras passadoras, assim como a entrada da Roberta possibilitará maior versatilidade às atacantes do Brasil.

A Seleção de Tóquio 2020 está longe do favoritismo no papel, mas tudo pode mudar dentro de quadra.

No domingo (25), às 9h45, se inicia a caminhada olímpica para a Seleção feminina contra a Coréia do Sul, atual décima colocada do ranking da FIVB. A partida será transmitida pela Globo na TV Aberta e pelo SporTV na TV fechada.

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