O meia Thiago Neves voltou a se manifestar sobre as polêmicas envolvidas no rebaixamento do Cruzeiro, na temporada 2019. As declarações foram dadas em entrevista concedida ao canal Pilhado, do youtuber Thiago Asmar, e entre elas o jogador falou sobre o pênalti perdido na partida contra o CSA, que é considerado ainda hoje ponto chave na inédita queda da equipe celeste.
Perguntado sobre o pênalti, que muitos torcedores acreditam ter sido perdido de propósito pelo atleta, Thiago Neves negou que tenha errado por querer, afirmando não acreditar que jogadores possam ter esse tipo de atitude. Por outro lado, o meia afirmou que pode ser possível que atletas cometam penalidades visando prejudicar suas próprias equipes.
— Eu acho que perder o pênalti (de propósito) não. Agora você fazer um pênalti, sim. Aí pode ser. Sabe, se eu faço um pênalti em um cara, puxo, agarro, dou um chute, sei lá, de propósito, aí tudo bem, fiz o pênalti e agora tá na mão deles, que façam o gol. Mas você perder um pênalti é muito difícil. Eu nunca fiz isso na minha vida. Não vou fazer.
Thiago Neves disse ainda que se fosse para perder um pênalti de propósito para prejudicar o Cruzeiro, ele teria feito contra o Fluminense, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil de 2019, quando ele marcou os dois gols da Raposa na partida, um deles numa penalidade máxima. A partida terminou em 2 a 2 e o time celeste se classificou na disputa de pênaltis.
— Na época eu falei assim, se eu tivesse que perder um pênalti de propósito eu teria perdido contra o Fluminense, que é um clube que eu gosto, na Copa do Brasil, sabe? Eu fiz os dois gols no tempo normal, pra levar para os pênaltis, porque a gente já estava em desvantagem. Então se tivesse que desfavorecer eu faria alguma coisa no clube que eu gosto. Mas mesmo assim não. Quando eu jogo contra o Fluminense eu faço de tudo para ganhar do Fluminense. Não alivio não.
‘Eu não era batedor, nunca fui’
O meio-campista também afirmou que ele não era o batedor oficial do Cruzeiro, mas que os nomes em sua frente não quiseram assumir a responsabilidade na cobrança.
— Então eu acho muita maldade pensar isso, que eu bati o pênalti pra fora, até porque tinha batedor no jogo. No campo tinha gente para bater pênalti na minha frente, que era batedor, e na hora não quis bater. Eu não era batedor, nunca fui. Eu só batia nas penalidades, quando tinha disputa de pênaltis eu batia, mas nunca fui batedor. E todo mundo sabia, jogadores sabiam, eu falava, deixava claro. Durante o jogo, se tiver batedor em jogo eu não bato, porque que tem que bater é atacante. Eu sou meia-atacante, gosto de fazer gol, mas não gosto de bater pênalti. E chegou na hora né, deixe a bomba, já tá estourando nele, deixa estourar nele de vez.
Na ocasião, o pênalti foi assinalado aos 16 minutos do segundo tempo. Nesse instante, estavam em campo: Fábio, Luis Orejuela, Léo, Cacá, Egídio, Henrique, Robinho, Thiago Neves, Ezequiel, Pedro Rocha e Joel.
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