Eliminatórias Copa do Mundo

Tite explica intensidade do Brasil em goleada contra Bolívia: ‘A equipe finalizou 20 vezes hoje’

(Buda Mendes/AFP via Getty Images)

O Brasil venceu a Bolívia por 5×0 em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Em entrevista coletiva, o técnico Tite celebrou o espírito da equipe, falou sobre o posicionamento de Renan Lodi e Firmino e explicou a estratégia para o jogo.

Confira as principais declarações de Tite:

RENAN LODI

“Essa situação é muito estratégica conforme a necessidade e conforme o jogo se apresenta. Normalmente, o Lodi é um jogador que sai, mas não é tão agressivo assim no Atlético de Madrid. Hoje, o utilizamos numa situação muito avançada e o fato de tê-lo aberto de um lado, ter Cebolinha e Rodrygo aberto do outro, nos deram largura de campo. A bola pode chegar pro Neymar pelo centro, pro Coutinho pelo centro, no Firmino pelo centro, no Richarlison pelo centro, no Everton Ribeiro pelo centro com uma facilidade maior. É simples: abre mais espaços para acionar esses jogadores. Agora cada estratégia e cada jogo têm suas características. Pode ser assim ou como é no Atlético de Madrid.”

EVOLUÇÃO E NOVAS FORMAS DE PRODUZIR CHANCES

“A gente busca conhecimentos, estratégias e harmonia. Hoje, o Neymar jogou numa função mais solta, central com liberdade de movimentação ou pelo lado conforme a marcação do adversário fica mais exigente. O Coutinho por dentro na recomposição ou o Everton. O Firmino hoje não foi o Firmino do Liverpool, ele ficou mais   na última linha, aguardando e não vindo mais buscar tanto para que fosse acionado e tivesse a possibilidade de conclusão. Ele fez dois e poderia ter feito mais dois, quando saiu na cara do goleiro. Então, conforme o jogo nos exige, adaptamos as características dos jogadores.”

NEYMAR NÃO MARCAR É RUIM?

“Isso é equipe, isso é espírito de equipe, isso é solidariedade, isso é futebol de conjunto. Todos tem a responsabilidade de tirar a bola do adversário e responsabilidade de criar. Às vezes o goleiro tem qualidade nas defesas, às vezes ele (Neymar) faz as assistências como no gol do Couto e do Firmino. Futebol é um esporte coletivo e o importante é que ele fez um grande jogo. Gostaria que ele tivesse feito gol? Gostaria, mas também quero a assistência porque ela contribui de forma importante.”

IMPOSIÇÃO DO RITMO É A TENDÊNCIA?

“Há uma ideia e uma forma de jogar que nós temos de, por exemplo, a bola sai para tiro de meta do adversário, nós marcamos alto. Muitas poucas vezes a gente retarda e da (a bola) ao adversário. Porque é uma característica da equipe manter a posse de bola. Ela tem a média de 60% de posse de bola, média de 16 finalizações por jogo, sendo sete em direção ao gol. Então, quando a gente fala de jogar bem, temos que traduzir de alguma forma. Não é ficar com a bola e finalizar muito pouco. Temos que ter a capacidade de, no mínimo, finalizar 16 vezes. A equipe finalizou 20 hoje. Também devemos ter solidez defensiva. Não podemos tomar susto toda hora porque gera insegurança. Não tomar gol faz parte da confiança da equipe.”

O QUE MAIS AGRADOU?

“O espírito da equipe. Eles conseguiram, em tão pouco tempo, agregar e dar indícios e dar sinais de solidariedade. Por exemplo, o Neymar saiu e fez um desarme numa zona defensiva. O Couto posicionou central. Mas eles tem que competir, ninguém é bonzinho, mas competir com lealdade. Esse espírito foi o que mais me agradou.”

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