O treinador Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a derrota do São Paulo para o Santos, por 1 a 0, no Morumbi. Com postura tranquila, ele fez questão de enfatizar alguns pontos. Um deles foi o de que, em sua visão, não existe qualquer milagre a ser feito quando da dissociação dos trabalhos técnicos, práticos e emocionais junto aos jogadores.
Vale frisar que essa foi a terceira partida seguida em que o São Paulo não conseguiu vencer. No último jogo de 2020, o tricolor empatou com o Grêmio em 0 a 0 e viu o time gaúcho se classificar às finais da Copa do Brasil. Já na última quarta-feira (6), foi a vez do Red Bull Bragantino, jogando no interior paulista, bater o time de Diniz por 4 a 2.
Diniz foi claro: a partida diante do RB foi a pior desde sua chegada ao clube
“A partida de quarta-feira foi a pior sob o meu comando, principalmente no primeiro tempo. Comparando com o jogo de hoje, a gente consegue concluir que o Santos veio sem pressão nenhuma. Jogar atrás com todos os atletas descansados é mais fácil. Nosso primeiro tempo foi mais moroso do que deveria. Melhoramos a intensidade na segunda etapa, mas faltou o gol”, declarou.
Além de aproveitar a oportunidade em uma das perguntas para confirmar que a transição (entre o presidentes Leco e Julio Casares) está sendo bem feita, afirmando também que todos estão ajudando, o técnico do São Paulo fez questão de botar panos quentes com relação ao problema com Tchê Tchê, que foi duramente xingado por ele em Bragança Paulista.
“Em relação ao Tchê Tchê, trata-se de um problema que a gente já começou a resolver internamente. Foi um erro que eu cometi, da exposição, e pedi desculpas a todos”, salientou.
Ciente de que Luciano faz falta, mas sabedor da importância de todos os jogadores de seu plantel, Diniz não abriu mão de, em reiteradas vezes, afirmar que o jogo diante do Santos em nada teve a ver com a partida do São Paulo contra o Red Bull Bragantino. Nesse contexto, o profissional aproveitou para expor ideias sobre a blindagem do elenco em um momento conturbado na temporada:
“A gente sempre tenta blindar. O que vem de fora deve nos alimentar de alguma maneira positiva. É com trabalho, dedicação e empenho que vamos voltar a vencer. Quem está na frente é mais visado, estudado, e, diante de um resultado negativo, a gente sempre acaba tendo uma pressa maior para fazer a análise. Não fomos criativos contra o Grêmio. O Bragantino teve uma proposta antagônica a do time gaúcho, marcando mais alto, e teve sucesso. Em Bragança, só para finalizar, afirmo que cometemos erros que não costumamos cometer”, declarou.
No mais, Fernando Diniz também concluiu não conseguir realizar trabalhos separados com seus atletas. Entenda:
“Não consigo trabalhar as partes técnicas, práticas e emocionais dos atletas de forma separada. Não tem milagre para ser feito. É trabalhar em todas as vertentes. Esse time que sempre soube trabalhar junto – e está trabalhando junto agora. O elenco é bom, é líder do campeonato. Se todas as vezes que perder a gente contestar o elenco, acaba não sendo justo”, concluiu.
Defensor das fases de Dani Alves e Hernanes, dois dos mais experientes atletas do elenco, o técnico do São Paulo deu números finais à entrevista falando um pouco a respeito de Muricy Ramalho. Foram alguns os elogios tecidos ao recém-contratado:
O Muricy fez muito pelo São Paulo no passado e tem ajudado atualmente. Ele foi um grande acerto da nova diretoria. Estamos muito felizes com ele. Só a presença dele anima os jogadores”, finalizou.
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