Nesta quinta-feira (14), o São Paulo comemora 17 anos do tricampeonato da Copa Libertadores. No dia 14 julho de 2005, a equipe comandada por Paulo Autuori levantou o caneco após golear o Atlético Paranaense por 4 a 0 – a segunda maior goleada em finais na história da competição. O título nasceu da sede de vitória acumulada por uma década.
Foram dez anos de espera e tudo começou em 2004. Após tropeços em 1999, 2000 e 2022, o São Paulo conseguiu a terceira colocação na tabela do Campeonato Brasileiro de 2003 e teve a grande oportunidade de disputar a Copa Libertadores no ano seguinte.
Motivado e tendo a força de sua torcida com média de público de mais de 55 mil nas partidas no Morumbi, o Tricolor chegou às semifinais, mas acabou sendo eliminado no último minuto pelo Once Caldas, da Colômbia, futuro campeão.
Mesmo não conseguindo levantar a taça, ao fim do Brasileirão de 2004, novo terceiro lugar e vaga mais uma vez garantida na competição internacional. No ano seguinte, a equipe motivada tinha Mineiro, Luizão e Josué e a força para engrenar. Naquela oportunidade, liderou o Campeonato Paulista de forma invicta por 15 rodadas e mais tarde venceu a competição diante do rival Santos.
Emerson Leão, que até então comandava o Tricolor, deixou o cargo já tendo duas vitórias e dois empates na primeira fase da Libertadores. Autuori chegou ao São Paulo para dar passos largos à conquista do tricampeonato da américa.
QUASE PERTO DO TÍTULO
Nas oitavas, duas vitórias em cima do rival Palmeiras: 1 a 0 na primeira partida no Palestra Itália e 2 a 0 no Morumbi. Nas quartas-de-final, em casa, uma partida sensacional do capitão Rogério Ceni (dois gols marcados e ainda um pênalti perdido), sacramentando 4 a 0 no Tigres, do México. A partida de volta foi “obrigatória” e a passeio, mas custou a invencibilidade no torneio. A semifinal, contudo, contra o River Plate, parou toda a América Latina. O São Paulo venceu o River por 2 a 0 em casa e mais uma vitória longe de seus domínios por 3 a 2 – a quinta final de Libertadores na história.
A DECISÃO
É verdade que o Atlético não tinha um estádio que se encaixasse aos regulamentos para a final do torneio, e dessa forma os jogos foram disputados no Beira-Rio. No primeiro jogo 1 a 1 e a final foi para o Morumbi.
Foram 71.986 pessoas presentes para acompanhar o time que conquistou o Tri da Libertadores após vencer por 4 a 0. Rogério Ceni levantou a taça e o grito do tricampeonato, enfim veio.
FICHA
– 14.07.2005 | Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi | Tricampeonato da Libertadores
SÃO PAULO Futebol Clube 4 X 0 Clube ATLÉTICO PARANAENSE
Escalação SPFC: Rogério Ceni (capitão); Fabão, Diego Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior (Fábio Santos, 40’/2); Amoroso (Diego Tardelli, 33’/2) e Luizão (Souza, 28’/2). Técnico: Paulo Autuori. | Gols: Amoroso, 16’/1; Fabão, 7’/2; Luizão, 25’/2; Diego Tardelli, 43’/2.
Escalação CAP: Diego; Jancarlos, Danilo, Durvão e Marcão (capitão) (Fernandinho, 15’/2); Cocito, André Rocha (Alan Bahia, 37’/2), Evandro e Fabrício; Lima (Rodrigo, 15’/2) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.
Árbitro: Horacio Marcelo Elizondo (Argentina) | Assistentes: Rodolfo Otero (Argentina) e Juan Carlos Rebollo (Argentina) | Renda: R$ 3.026.395,00 | Público: 71.986 pagantes
