Botafogo

Troca de comando, psicológico, pontos desperdiçados: veja os motivos para o fracasso do Botafogo

Com problemas dentro e fora de campo o Glorioso acabou desperdiçando a chance de ser campeão após 28 anos

FOTO: VITOR SILVA/BFR

O Botafogo viveu fortes emoções em 2023. O torcedor alvinegro foi do sonho do título para a decepção no Campeonato Brasileiro. O Glorioso, que chegou a liderar o Brasileirão por 31 rodadas, além de perder o título, pode terminar fora do G-4. 

E os motivos para o fracasso do Botafogo são muitos. Eles passam por troca de treinador, queda de rendimento coletivo e de seus principais jogadores, psicológico, entre outros pontos. Da campanha histórica do primeiro turno para números de time rebaixado no segundo, aconteceram fatores determinantes para o fim de ano melancólico do Alvinegro Carioca. 

TROCA DE COMANDO 

Só no ano de 2023, o Botafogo contou com cinco técnicos à beira do campo. Começou o Brasileirão com Luís Castro, um dos responsáveis pela boa campanha do primeiro turno. O português, acabou aceitando uma proposta milionária do Al Nassr, clube da Arábia Saudita que tem Cristiano Ronaldo como principal estrela, e comandou seu último jogo no Brasileirão na vitória diante do Palmeiras, no Allianz Parque, na 12ª rodada. 

Logo depois, enquanto buscava um treinador no mercado, John Textor chamou Cláudio Caçapa, que na época era interino no Lyon, um dos times que o americano também é dono, para comandar o Botafogo. Foram quatro jogos e quatro vitórias. 

Após essa breve passagem de Caçapa, que estava na condição de técnico interino, o Glorioso contratou outro português: Bruno Lage. Chegou com status de treinador europeu, experiência em grandes ligas, mas ficou pouco tempo no comando do Botafogo. Foram apenas 16 jogos com cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas em 16 jogos disputados.  

A queda de rendimento da equipe, resultados negativos e escalações questionáveis, foram um dos principais motivos da saída do treinador. 

Com o apoio dos jogadores, o Botafogo recorreu ao funcionário da casa, o ex-jogador e interino Lúcio Flávio. Depois de um começo positivo, com duas vitórias em dois jogos, o nível das atuações caiu e os resultados negativos vieram, o que acabou sendo determinante para sua saída. 

E o último e atual treinador do Botafogo é o gaúcho Tiago Nunes. O comandante alvinegro foi contratado visando principalmente o ano de 2024, mas também com a missão de tentar a última cartada pelo título ainda em 2023, que acabou não vindo.

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QUEDA DE RENDIMENTO 

Além da troca excessiva do comando técnico, o que também acabou atrapalhando, o Botafogo sofreu com a queda de rendimento coletivo e de seus principais jogadores. A equipe que coletivamente estava bem encaixada, ganhando seus jogos com autoridade e com um primeiro turno 100% dentro de casa, viu tudo desmoronar na segunda parte do campeonato. 

Não só o aspecto coletivo que caiu, mas as individualidades que estavam sendo determinantes para a briga pelo título, foram caindo de forma drástica. O goleiro Lucas Perri, o zagueiro Cuesta, os meias Marlon Freitas e Eduardo, e o atacante Tiquinho Soares, foram os principais jogadores que tiveram um declínio absurdo ao longo do campeonato. 

PONTOS PERDIDOS

Outro fator determinante para a perda do título brasileiro foi os pontos desperdiçados pelo Botafogo na reta final. Em alguns momentos, o Glorioso teve o resultado na mão, mas cedeu empate ou até mesmo a virada. 

O primeiro jogo que evidenciou a queda do Botafogo foi a virada histórica do Palmeiras. O Alvinegro vencia por 3 a 0, em um Nilton Santos lotado, quando o inacreditável aconteceu. O Glorioso tomou a virada e perdeu para a equipe paulista por 4 a 3. Esse duelo foi determinante para a arrancada da equipe Alviverde, que agora irá confirmar na próxima quarta-feira o título brasileiro. 

Além da partida com o Palmeiras, o “apagão” também aconteceu contra o Grêmio, quando o time vencia por 3 a 1 e sofreu outra virada por 4 a 3. Foi assim contra Bragantino (empate sofrido aos 50 minutos do segundo tempo), Santos (empate sofrido aos 44) e Coritiba (empate sofrido aos 54). 

PSICÓLOGICO ABALADO 

Com os resultados negativos e queda brutal de rendimento, foi ficando nítido a cada jogo a apatia dos jogadores em campo. A cada partida que o Botafogo saía na frente do placar e depois cedia o empate ou a derrota, o psicológico dos jogadores foi aos poucos sendo abalado. 

Essa foi uma das grandes críticas a esse elenco. A forma como os jogadores do Botafogo se portavam dentro de campo, mesmo com a vantagem no placar. O time mostrou muita dificuldade em controlar os jogos e segurar resultados que certamente fariam o time ser campeão após 28 anos. 

O sonho do título, pelo menos esse ano, acabou. Porém, o Botafogo terá sua última missão em 2023: terminar no G-4 do Brasileirão. E para isso, terá que vencer o Internacional na quarta-feira (6) e torcer por tropeços de Flamengo ou Grêmio. A bola rola às 21h30, no Beira-Rio, em Porto Alegre. 

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