A UEFA anunciou nesta terça-feira, 22, que não aceitou o pedido da cidade de Munique, na Alemanha, para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris, que representam a bandeira LGBTQIA+. A ideia da prefeitura da cidade era uma forma de protesto contra o país húngaro, que recentemente aprovou uma lei que restringe acesso à informação para jovens sobre homossexualidade e transexualidade.
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Em nota oficial, a UEFA destacou ser neutra para assuntos políticos e religiosos, portanto, não iria aceitar o pedido alemão. No entanto, a entidade deu a ideia de mover o protesto de Munique para outras datas em que não há jogos.
— De acordo com seus estatutos, a Uefa é uma organização politicamente e religiosamente neutra. Dado o contexto político, a Uefa rejeitou o pedido — afirmou a UEFA. — Pode ser em 28 de junho – o Christopher Street Liberation Day (dia do Orgulho) -, pode acontecer entre 3 e 9 de julho, que corresponde à semana do Christopher Street Day em Munique — continuou a entidade.
Por um lado, a rejeição da UEFA foi vista como um bom sinal para o Ministro de Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, que segue a mesma linha do primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, em relação à discriminação contra minorias sexuais. Para Szijjarto, a entidade acertou em não se envolver politicamente e teve “bom senso” na ação.
— Graças a Deus, nos círculos da liderança do futebol europeu o bom senso ainda prevalece e eles não acompanharam a provocação política. A Uefa tomou a decisão certa — afirmou.
Na Alemanha, clubes como Schalke 04, Arminia Bielefeld e Wolfsburg se posicionaram favoráveis ao projeto da cidade de Munique e contra a UEFA. Em publicações nas redes sociais, as equipes alemãs foram contra o movimento e destacaram sobre “fazer a coisa certa”.