Nesta terça-feira (13), o novo comandante do Corinthians, Vagner Mancini falou pela primeira vez como treinador da equipe. Em entrevista coletiva, o técnico recém-chegado comentou sobre o momento ruim do Corinthians no Campeonato Brasileiro e se mostrou otimista.
Mancini reconhece, também, a situação conturbada do clube internamente. As eleições se aproximando, pressão da torcida e bastidores agitados não assustam o treinador.
Fala, Mancini
Além do momento do clube, o treinador foi perguntado sobre uma polêmica que envolveu ambas as partes. Na ocasião, em 2017, um vídeo de Mancini comemorando uma vitória sobre o Corinthians vazou e pegou mal com a torcida. Segundo ele, foi uma brincadeira com amigos próximos e que foi resolvida no mesmo dia. “Houve a conversa na época. Liguei para o Andrés e conversamos, expliquei. Foi um momento de extrema felicidade por ter ganho do Corinthians. Líder, invicto a 42 partidas, na arena…”, completou.
– Acerto e erro como todas as pessoas do planeta. Não podemos ficar apegados a isso.
O que parece ser consenso é a necessidade urgente de vitórias. Mancini fala sobre jogar para vencer, mas sem perder a “identidade” do clube. “Futebol vistoso não é necessariamente plástico, mas de entrega. A cultura do Corinthians é de um futebol de vitórias suadas”, concluiu.
Mancini se assemelha a Dyego Coelho, o interino que o antescedeu, no discurso de “moral”. Para ele, é fundamental elevar a confiança do elenco. “A minha reconstrução é devolver confiança aos jogadores. Quando você não tem organização como equipe em campo, você corre de forma aleatória e o futebol caminha junto a isso”, disse o treinador.
Grande chance da carreira
O técnico falou diversas vezes sobre reorganizar a equipe na parte tática. “O Corinthians tem que ter uma forma de jogar, tem que ser temido”, afirmou. Mancini diz acreditar que existe a possibilidade de buscar novos objetivos além da fuga do rebaixamento.
Sobre reforços, manteve a cautela. “Com calma vamos analisar o que o mercado oferece. O mais importante é recuperar a autoestima da equipe”, disse o treinador. “O Corinthians tem que ter uma forma de jogar, tem que ser temido”, concluiu.
– Tenho conhecimento sobre a base, mas não é profundo. Pude dar a oportunidade para vários atletas que tiveram destaque internacional. Maturidade não se dá com a idade.
O treinador também acredita que os dirigentes do futebol brasileiro “gostariam de manter” os treinadores por mais tempo. “Defendo uma classe e gostaríamos de tempo, mas também temos que respeitar isso”, ressaltou. Ainda assim, afirmou: “É a grande chance da minha carreira”.
Mancini concluiu dizendo que tentará tirar os atletas da zona de conforto. “Essa agressividade talvez esteja faltando. Os erros vão acontecer, mas quando você para o adversário e vê que ele vai te agredir, é isso que eu quero que sintam do Corinthians”, completou.
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