A Corinthians TV publicou nesta quinta-feira (10) um vídeo em que o técnico Vagner Mancini responde perguntas dos Fiéis torcedores. Questionado sobre a queda de rendimento do time no segundo tempo dos últimos jogos, o técnico reconheceu a falha e afirmou: “isso é uma coisa que me incomoda e quero corrigir o mais rápido possível”.
No último jogo que terminou em empate contra o Fortaleza, o Corinthians voltou do vestiário com um desempenho muito abaixo do que apresentou nos primeiros minutos de jogo, perdeu a consistência no meio campo e passou a jogar recuado após a expulsão de Jô.
Agora, às vésperas do clássico contra o São Paulo, Vagner Mancini busca corrigir as falhas e manter o histórico vitorioso da equipe alvinegra.
“O nosso vestiário é extremamente leal e honesto, mas acima de tudo com muita cobrança. Sabemos que a raça é o princípio do clube. Temos de entender o que essa camisa pede, para que o atleta possa fazer o melhor dele e levar o Corinthians a vitórias e a conquistas. Estou de olho nisso. Prometo que a cada dia vamos melhorar neste aspecto”, disse o técnico.
Vagner Mancini também falou sobre o desafio que é estar a frente do Corinthians, além de esclarecer o que tem observado quanto ao sentimento dos atletas que vestem o manto alvinegro.
“Eu tenho certeza que o elenco sabe aquilo que tem tem que fazer. Muitas vezes não conseguem fazer, mas aqueles que vivem o Corinthians e fazem parte do seu dia a dia sabem que o clube precisa voltar rapidamente a disputa de títulos e ser o time que a torcida espera. Isso leva tempo, é relativo ao tempo que estou no clube, mas o Corinthians precisa voltar a ser aquele time que entra em campo para disputar qualquer jogo como se fosse final de campeonato”, afirmou.
RELAÇÃO ENTRE TÉCNICO E JOGADORES
Mancini afirmou que procura ter um bom relacionamento com todos os funcionários do clube, não apenas com os atletas.
“Isso é importante para a gestão de pessoas. Quando você tem um bom ambiente, é possível tirar mais do ser humano. Sempre digo aos atletas a importância de melhorar e evoluir não apenas como equipe, mas também como ser humano é atleta. Meu relacionamento é de respeito e também de amizade, porque as vezes ela abre portas para determinadas cobranças. Vivemos em um ambiente de cobrança e de pressão e sabemos o quanto é importante manter esse bom relacionamento interno”, disse.
MANCINI E A IDENTIFICAÇÃO COM O CORINTHIANS
Filho de ex-jogador e também já tendo atuado como atleta, Mancini disse que o Corinthians sempre esteve presente em sua vida, direta ou indiretamente. O técnico revelou seu time do coração, o Comercial de Ribeirão Preto, que tem as cores do Corinthians.
“Eu sei muito bem o que é enfrentar o Corinthians, dentro do seu estádio ou fora de casa. A pressão é grande porque o time tem uma torcida apaixonada. Eu quero devolver à Fiel aquilo que eu acho que o atleta tem que fazer em campo: dedicação total e, se for possível, doar sangue para que se tenha uma conexão entre torcida e o jogo de futebol”, falou Mancini.
SOBRE CARTÕES VERMELHOS
Questionado sobre o número de cartões vermelhos na temporada, Mancini disse que a fase é de reconstrução.
“Pegar o time durante o campeonato exige que ele seja moldado. A equipe sempre foi referência na parte defensiva, quero que isso seja o ponto forte mas o time também precisa atacar. O aumento do número de expulsões se deve ao baixo desempenho da equipe ao longo da temporada, o time perde a concentração. Quando o time está focado, não dá tanta importância a fatores externos ou ao árbitro, o número de faltas e expulsões tende a ser menor. Além disso, os atletas ainda estão se adaptando às mudanças que a FIFA vem propondo. Temos conversado muito sobre isso para que o time consiga se adaptar o mais rápido possível e não sofra dentro de campo com menos jogadores”, falou Mancini.
RAÇA E SUPERAÇÃO
O treinador afirmou que jogar com raça é o mínimo que a torcida pode esperar do elenco e que pretende manter um time que pressiona o adversário e briga pela bola. Segundo Mancini, as derrotas mexem muito com os atletas, mas o futebol é feito de desafios constantes e a tristeza é usada como força para as partidas seguintes.
“A gente que vive do futebol tem que desapegar o mais rápido possível. Temos que ter força para superar o momento e partir para a próxima. A tristeza tem que ser usada para evoluir jogo a jogo. Quando a gente vence eu sou o primeiro a conter a emoção, porque ela pode levar a uma zona de conforto e não queremos que isso aconteça. O sentimento deve ser sempre de alavancar para cima”, concluiu.
