O Atlético-MG acertou a contratação do atacante Cristian Pavón, do Boca Juniors, segundo confirmou o vice-presidente do clube, José Murilo Procópio, em live no canal do jornalista Breno Galante, no youtube.
Pavón está em fim de contrato com o Boca Juniors, já afirmou que não irá renovar e pode assinar um pré-contrato com qualquer clube. Questionado sobre algum empecilho na contratação do jogador – que foi acusado de abuso sexual na Argentina -, José Murilo Procópio afirmou: “Não, não tem (empecilho). Está tudo certo.”. O dirigente ainda confirmou que foi feita toda uma análise sobre o caso de acusação do jogador, que não deve ter andamento por falta de provas conclusivas: “Não tinha nada que pudesse comprometer o jogador”. A princípio, Pavón deve chegar no segundo semestre, quando seu contrato com o Boca se encerra. O Galo pode tentar antecipar essa chegada, assim como fez com o volante Otávio.
Pavón ainda tem uma punição esportiva. Está suspenso por seis jogos das competições da Conmebol por participar e incitar uma confusão generalizada que aconteceu justamente quando o Atlético eliminou o Boca Juniors da Libertadores, no Mineirão. O jogador e outros companheiros foram aparar até em uma delegacia de Belo Horizonte por conta de depredarem patrimônio público. Eles foram julgados e punidos pela entidade, semanas depois. Segundo José Murilo, o Galo está ciente e vai analisar se há uma possibilidade de diminuir ou cancelar a punição.
O vice do Galo ainda não poupou elogios ao atacante de 26 anos, que está afastado do Boca, apenas treinando: “Gosto do jogador, acho uma grande conquista para o Atlético. Vem somar. É um belo de um jogador, como o Godín, que já apresentou seu cartão de visitas”.
Pavón surgiu como grande promessa no Boca Juniors e chegou a disputar a última Copa do Mundo como titular da seleção argentina, mas não se tornou o grande craque esperado, apesar de ser considerado ainda um grande jogador. Ele teve alguns problemas no clube argentino e chegou a ser emprestado para o LA Galaxy, da MLS, onde se destacou e iria ser comprado, mas a acusação de abuso sexual, que foi revelada justamente na época das negociações dos argentinos e dos americanos, pesou para que o Galaxy declinasse da decisão de comprá-lo.
