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Victor conta sobre sua experiência como gerente de futebol e cita etapas para conquistar a Libertadores novamente: ‘entender o que é vestir a camisa do Atlético’

Victor conta sobre sua experiência como gerente de futebol do Atlético-MG e cita etapas para conquistar a Libertadores novamente
Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

O Atlético-MG completa 113 anos de história nesta quinta-feira (25) e, para a data comemorativa, a assessoria de imprensa atleticana colocou um ídolo para dar entrevista coletiva na Cidade do Galo. O ex-goleiro e agora gerente de futebol, Victor, falou como tem sido a sua adaptação à sua nova função dentro do clube.

— Obviamente que ainda é muito recente a mudança de ciclo, mudança de função. Mas hoje me sinto adaptado à função. Claro que, assistindo os treinamentos, bate aquela saudade de estar dentro de campo. Mas tenho o sentimento que a minha função dentro de campo foi cumprida. Agora existe uma nova missão, um outro chamado aqui do lado de fora, para fazer parte de uma engrenagem e fazer o clube andar. Tem sido bastante produtivo esse início, tem muito trabalho, por mais que seja um período de aprendizado, busco ser o mais proativo possível, no sentido de ter autonomia para resolver os problemas aqui. Tem sido bastante corrido, bastante trabalho, mas acima de tudo, muito produtivo.

Victor, agora, exerce uma função de interseção entre vestiário, atletas, diretoria e categorias de base. O ex-jogador, agora, é uma espécie de ponte para conseguir a integração entre os setores administrativos e esportivos. Com uma nova rotina, o gerente de futebol participa de praticamente tudo de dentro do clube, reuniões, programação de viagens e treinos.

Com essa nova função, Victor fala sobre as dificuldades que tem encontrado dentro do trabalho e valoriza os funcionários que trabalham em conjunto com ele.

— A carga de trabalho aumenta significativamente, eu tenho hora para chegar, mas não tenho hora para sair do clube. Tenho buscado ser bastante proativo dentro das minhas atribuições, buscado autonomia. Claro que é tudo novo, então, antes a gente via o futebol apenas micro, de forma administrativa, só realizar a programação do, vir treinar, seguir o horário de viagens e jogos. Enfim, hoje eu enxergo de uma perspectiva macro. Então, eu faço programação de viagens, treino, concentração, tem que analisar a tabela de jogos, analisar adversários, atletas. Então, eu entendo o processo como um todo, antigamente eu só pegava a ponta do processo. O desafio é conseguir compreender como tudo funciona. Mas eu gosto muito de aprender, não tenho medo, sou muito interessado, quando tenho dúvida eu pergunto. Felizmente, eu estou muito bem aparado, com grandes profissionais, que estão aqui do meu lado, principalmente o Rodrigo Caetano e o Carlos Alberto.

Um dos desafios de Victor, agora como gerente, é participar da gestão de grupo, o que ainda tem sido um pouco difícil para o gerente, já que, em tão pouco tempo, o ex-goleiro saiu do vestiário e foi para a parte administrativa do Atlético-MG.

Acho que um dos grandes desafios para mim tem sido esse trato com os atletas, porque até uns dias atrás eu estava do lado deles e hoje estou numa posição diferente. Então, tomo muito cuidado na abordagem, na forma que vou falar, para não gera um mal-estar. São meus amigos, companheiros de trabalho, mas que hoje eu tenho que abordar e cobrar de uma forma diferente. A gente tem um grupo muito bom em temos de comportamento, comprometimento e engajamento. Então, acaba sendo fácil conversar. Os atletas aqui tem um nível de entendimento e compreensão muito bom, em função também dessa gestão de grupo, e são muitos interessados nas informações que são passadas. O próprio Cuca já percebeu isso, que são atletas que têm um comprometimento, intensidade e entrega nos treinos absurdas. Então, esse é o caminho certo para construir uma equipe coesa, que consiga concentrar seus esforços e objetivos na mesma direção. Estou bastante otimista que será uma grande temporada.

Futuro do Atlético

Victor faz parte da recente história vitoriosa do clube alvinegro, mas conta que o planejamento para o futuro é grandioso e que o Atlético será protagonista em todas as competições que disputar.

— A gente sabe que o Atlético, nos últimos anos, tem sido um clube protagonista nas principais competições que disputa. Essa é a nossa ambição, manter o clube sempre entre os melhores, em busca de títulos, montando elencos fortes. Hoje passando por um processo de construção de estádio que acho que vai transformar o Atlético numa potência internacional. Vejo um projeto ambicioso e grandioso. E junto do investimento que vem sendo feito na construção do estádio e na melhoria da estrutura física do centro de treinamento, tenho certeza que o Atlético vai se manter no topo por muito tempo.

Como ganhar a Libertadores?

Victor conta sobre sua experiência como gerente de futebol do Atlético-MG e cita etapas para conquistar a Libertadores novamente
Foto: Bruno Cantini/Atlético

O Atlético-MG retorna a disputar a Copa Libertadores da América em 2021, competição que Victor conhece muito bem, sendo o principal protagonista da conquista da taça da competição continental atleticana, em 2013. O ídolo do clube disse que não tem receita pronta, mas que a competição exige muito conhecimento sobre o torneio.

— Não existe receita pronta para ganhar um título, mas existem algumas etapas a serem cumpridas. Acho que a primeira delas é fazer com que todos comprem a ideia da importância de uma conquista e pagar o preço por ela. O grande desafio é montar e tornar a equipe extremamente competitiva, nos treinos reparamos que está no caminho. Libertadores é um campeonato diferente, às vezes você precisa jogar com o regulamento, entender o que a competição pede. Então, você tem que ser muito frio, inteligente para administrar uma situação e entender o que um jogo pede. É um campeonato que você precisa ser muito regular e qualquer erro pode ser fatal. Acho que cada grupo tem as suas características, assim como tem o elenco atual, mas tem que tentar passar, principalmente para os que estão há menos tempo no clube, o que é a grandeza e qual a cultura de jogo do clube. Esse é o meu papel hoje, fazer entender o que é vestir a camisa do Atlético.

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