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‘Voltei acomodado’: Daniel Carvalho detalha suas passagens pelo Inter

Divulgação/Internacional

Criado no Celeiro de Ases do Internacional, Daniel Carvalho foi um meia-atacante de altos e baixos na carreira. Em entrevista para o canal “Vozes do Gigante”, foi questionado sobre um suposto “corpo mole” em 2008 e até sobre um possível retorno de Taison, seu conterrâneo de Pelotas.

O menino Carvalho

Natural do Rio Grande do Sul, Daniel Carvalho sempre se declarou colorado. Tanto que, em 2008, retornou ao clube porque sentia falta de como eram as coisas no Inter. Porém, sua historia começou muito antes, em 2001. Segundo o jogador: “O (Carlos Alberto)Parreira me viu em um jogo da base. O profissional ainda concentrava no estádio. Eles desciam para ver os jogos”. Foi então que o atleta iniciou sua jornada no clube de coração.

Durante sua jornada entre os profissionais, Carvalho conheceu e trabalhou com jogadores e técnicos históricos no colorado. E é por Muricy Ramalho que guarda mais carinho. Ele justifica: “O Muricy deixava a gente ser peladeiro, era uma correria comigo, Nilmar, Diego e Diogo”. Além do treinador, os jogadores mais experientes também foram muito importantes no desenvolvivento do meia. “Os mais velhos diziam para a gente resolver na lá frente que eles seguravam lá atrás”.

Em fevereiro de 2004 veio a noticia, Daniel Carvalho estava vendido ao CSKA da Rússia. Porém a ideia do atleta não era, inicialmente, essa. “No primeiro momento eu não quis ir para o CSKA. Queria chegar à Seleção”, explicou. Mesmo assim, foi convencido por um antigo preparador físico do clube, Paulo Paixão. “Ele me disse que era a chance de eu fazer meu pé de meia. Que a Rússia é um país maravilhoso”. Ao final, acabou se transferindo e fez muito sucesso no país europeu.

A volta conturbada

Em julho de 2008, em meio a uma ótima disputa de Sul-Americana, Carvalho voltou ao Inter. Mas o jogador relembra que não retornou realmente focado. Ele explica: “Em 2008 eu voltei para ficar 5 meses. Era para tirar férias. Ficava aqui e renovava mais um ano lá”. Desde sua chegada, uma coisa foi notada, seu comprometimento nos treinos não era o mesmo. “Eu estava há tanto tempo fora, voltei com tanta grana no bolso, que me acomodei”, revelou.

Mesmo assim, o meio-campista conseguiu atuar em diversas oportunidades. Somente depois de um tempo, viu-se indo para o banco de reservas. “Eu joguei até boa parte da Sul-Americana. Depois, Andrezinho, D’Alessandro ou Alex entraram, estavam melhor fisicamente. Eu estava mal e fiz por merecer deixar o time. Paguei o preço”, revelou.

D’Ale, Taison e Daniel Carvalho

Este trio, infelizmente, nunca chegou a jogar junto no Beira-Rio. Todavia, é uma relação bastante forte na vida de Carvalho. A amizade com o capitão colorado ainda perdura, o que permite ao jogador brincar: “Com 20% do comprometimento dele eu teria jogado muito mais”. Mas, depois, reforça a importância do argentino na historia do Inter. “O que ele tem hoje no clube, ele plantou desde o dia que chegou”.

Quando questionado sobre Taison, seu amigo e conterrâneo, Carvalho se deteve, principalmente, no assunto de um possível retorno. Tema discutido em quase todas as janelas de transferências, a volta do atacante, hoje na Ucrânia, é possível na visão do meia. Ele revela: “Sei que existe a vontade do retorno dele. É o capitão lá, conquista títulos, sempre jogando a Champions. Não seria surpresa se ele voltar”.

Rodrigo Dourado

Grande conhecedor do futebol no Internacional, Daniel Carvalho também comentou sobre a lesão e a recuperação de Rodrigo Dourado. Ele entende que o jogador não conseguira retomar rapidamente o mesmo nível de antes. Justifica dizendo: “O Rodrigo Dourado vai demorar para se sentir seguro de fazer os movimentos, as jogadas. Vai ter medo do passe, da girada do pé”. Entretanto, diferente de seu caso, Dourado pode se adaptar mais rapidamente. “Ele enxerga o jogo de frente, com a cabeça para cima, vendo os companheiros. Mais difícil seria se fosse um atacante, que joga de costas para o gol”.

Curiosidade sobre Daniel Carvalho

Em 2006, após a Copa do Mundo na Alemanha, vencida pela Itália, o Brasil trocou de treinador. Com a ideia de rejuvenescer o elenco, o escolhido para o cargo foi Dunga. Graças a isso, coube a Daniel Carvalho, em um amistoso contra a Noruega, marcar o primeiro gol da seleção comandada pelo capitão do tetra em 1994, o primeiro gol da “Era Dunga”.

Ao todo, pelo Internacional, foram 84 partidas disputadas pelo jogador. Mesmo assim, conseguiu marcar apenas 8 gols com a camisa colorada.

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