O goleiro do Palmeiras, Weverton, já está imortalizado na história do clube, mas, nesta terça-feira (17), após a vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, alcançou um feito memorável. Com o triunfo mágico pela Libertadores, ele ultrapassou o ídolo Marcos, e chegou a marca de 28 vitórias pelo Verdão na competição sul-americana. Com isso, agora, ele é o atleta com mais vitórias em Libertadores de toda história do Palmeiras.
O que mais impressiona é o fato do arqueiro de 33 anos ter chegado à Academia de Futebol apenas em janeiro de 2018. Ou seja, com pouco mais de três anos de casa, já alcançou este feito. Sua estreia ocorreu em 11 de março de 2018, em jogo contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista. Marcos, por exemplo, permaneceu no Alviverde de 1992 até 2011.
Para ter melhor dimensão da comparação entre os dois, o “Santo” palmeirense disputou 533 partidas no total. Já o atual goleiro tem 187, ou seja, 346 a menos. Em Libertadores, ele precisou de 19 a menos para ultrapassar o ídolo. Enquanto Marcos é o recordista em confrontos de Liberta jogados, com 57, Weverton tem “apenas” 38 no currículo.
Com o avanço às semifinais, exceto em caso de alguma possível lesão, chegará a 40 na competição, ultrapassando Galeano, que tem os mesmos 38, e o meia Alex (39), e ficará atrás apenas de Marcos. E os recordes não param por aí, pois ele já é o goleiro recordista do Palestra em jogos sem sofrer gols em uma temporada neste século 21 (de 2001 em diante), com 35 na temporada passada (2020).
No quesito sequência de partidas sem ser vazado, ele também tem história, já que está atrás apenas de Zetti neste critério. Em 2018, quando comandado por Luis Felipe Scolari, ficou nove pelejas inteiras de maneira consecutiva sem levar um gol sequer. O ex-goleiro teve 12 seguidas em 1987.
Para completar, entre os goleiros com pelo menos 50 partidas disputadas, ele é o atleta que possui a melhor média de gols tomados de toda a história de 106 anos do clube. São, em média, 0,66 sofridos por partida. 125 em 187 aparições.
Natural de Rio Branco, capital do Acre, Weverton nasceu em 13 de dezembro de 1987, começando a carreira no clube da cidade, Juventus. Após destaque em uma edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, cruzou o país até a capital paulista, para atuar na base do maior rival do Palmeiras: o Corinthians. Porém, nunca teve uma partida sequer como profissional do Timão. Foi emprestado para Remo, Oeste e América-RN.
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Seu grande destaque foi vestindo a camisa do Botafogo, de Ribeirão Preto. Na época, já não tinha mais vínculo com o rival palmeirense. Então, foi para a Portuguesa, onde ganhou projeção nacional, sobretudo na equipe apelidada de “Barcelusa”, campeã da Série B de 2011. Em 19 de maio de 2012, vem uma curiosidade impressionante: o arqueiro despediu-se da Lusa em um empate de 1 a 1 pelo Campeonato Paulista contra, justamente, o Palmeiras.
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Na sequência, Weverton foi contratado pelo Athletico PR, onde virou um dos maiores ídolos da história do clube. Ganhou o ouro olímpico em 2016, no Rio de Janeiro, quando substituiu o palmeirense Fernando Prass, que lesionou-se no período de treinamentos para a competição. Em dezembro de 2017, após uma longa novela pela renovação com o Furacão, foi anunciado pelo Verdão, em 15 de dezembro. A diretoria decidiu não esperar até o término do seu contrato, que ocorreria seis meses depois, e pagou R$ 2 milhões ao Rubro-Negro para tê-lo imediatamente. Pelo visto, cada centavo valeu muito a pena.