Xingado pela torcida no fim do jogo contra o Sport, Maurício Souza comentou na coletiva pós-jogo a respeito do empate sem gols com os pernambucanos. Com o resultado, o Cruz-Maltino vai a 31 pontos, segue vice-líder, a 06 pontos do líder Cruzeiro e a 08 pontos do Criciúma, quinto lugar, contra o qual o Vasco jogará na próxima partida, próximo sábado, no Heriberto Hulse, às 16h30.
– Lidar é tranquilo, o problema é que a gente sai com um sentimento de frustração de não poder dar alegria à torcida. Ela veio, fez sua parte, lotou o estádio e incentivou durante os 90 minutos. Infelizmente a gente não conseguiu transformar o bom jogo que a gente fez em boa parte dele em gols. Isso aí a gente encara com naturalidade.
Xingado pela torcida no fim do jogo, Maurício botou ‘panos quentes’ nas críticas e aproveitou para elogiar a torcida, que mais uma vez lotou as arquibancadas do Maracanã.
– A gente espera que no próximo jogo em casa ela volte nos apoiar porque tem sido fundamental na campanha. A gente sabe a dificuldade da competição e que isso pode acontecer toda vez que o resultado não acontecer.
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Análise da partida
– O que a gente programou aconteceu. O primeiro tempo que fizemos, na minha opinião, foi muito bom. Conseguimos envolver. A nossa qualidade de posse empurrou o Sport para trás. A impressão de que o Sport veio para se defender no parte muito da qualidade que a gente teve no primeiro tempo, de trocar bons passes, de mudar corredor, de variar a forma de atacar por dentro ou por fora.
Ausência de Nenê atrapalhou?
– O Nenê sem dúvida nenhuma é um jogador diferente, que tem uma qualidade muito grande e é um líder em campo. Tem respeito da nossa equipe e impõe respeito à equipe adversário. Quando não jogar será sempre um desfalque importante, porém eu acho que o Palacios, enquanto aguentou, desempenhou bem o papel. Conseguiu conectar bem o meio-campo com o ataque, apoiou, bateu várias bolas paradas e pressionou como a gente quis. Sentir a ausência do Nenê nós vamos sentir, mas fico feliz que o Palacios está pronto para assumir essa responsabilidade.
Substituições
– Sobre as mudanças, acho que a mudança mais conservadora foi a do Rikelme. Tiramos o Yuri, um volante de contenção, trouxemos o Andrey para trás e colocamos de volante o Juninho, que tem mais vocação de ataque. Palacios já estava bem esgotado e fizemos uma troca por um meia, que é o Bruno. A gente imaginou para o Rikelme uma profundidade pelo lado esquerdo, mas o jogo já estava muito transitório. E realmente não favoreceu o Rikelme.
Substituição de Gabriel Pec por Rikelme
– O Rikelme tem uma vocação ofensiva muito grande. A gente optou em ter o Rikelme para continuar com uma pé esquerda por ali. A entrada do Erick talvez tivesse que alterar a perna do Figueiredo para o lado esquerdo. A gente acreditava que o Rikelme, através de uma jogada individual, poderia fazer uma dobradinha já que o Edimar não ia tanto. Jogador que tem ímpeto, que vai para dentro. É um jogador mais leve num jogo cansativo. Foi só possibilidade de entender que o Rikelme poderia dar profundidade pelo lado esquerdo.
Jogo com o Criciúma na próxima rodada
– Os jogos são extremamente equilibrados. Tivemos um 0 a 0 em Grêmio e Bahia. Tivemos 0 a 0 entre Tombense e Ponte. Temos que ir no nível máximo de concentração. Cada jogo é uma final, é uma guerra, e temos que entrar extremamente mobilizados. Todo mundo sabe que é difícil jogar em Criciúma, mas o Vasco tem um time muito forte mentalmente para encarar qualquer desafio. Essa Série B se caracteriza pela igualdade, você não vê placares elásticos. Vamos para encontrar uma dureza, mas vamos confiantes de que podemos fazer os três pontos. O mais importante é manter o Vasco na zona de acesso.
Ausências de Edimar e Pec contra o Criciúma
– Com relação às trocas, vamos dar uma estudada, mas a princípio temos o Rikelme, que é lateral. Com relação à ponta, temos algumas possibilidades, e os treinos vão dizer qual é o jogador que vai substituir o Pec. Acho que o Edimar fez um jogo muito seguro, é um lateral com capacidade defensiva muito grande. A gente tinha como estratégia pressionar o Sport o tempo todo, não deixá-los sair de trás. Conseguimos isso no primeiro tempo, no segundo um pouquinho menos porque o Sport optou pelo jogo direto. A nossa pressão já não se fazia mais tão importante porque a ligação era direta. Pec tentou, duelou, ganhou bons duelos, não foi feliz nas finalizações. No início do jogo, teve uma finalização onde a bola dá uma escapada, e era uma boa chance, mas acho que os dois fizeram boa partida.
Mais sobre as alterações na equipe
Quando pensamos na primeira substituição, do Juninho no Yuri, a ideia é empurrar o time para frente, dar saída ao Andrey e deixar o Juninho mais próximo. Eu não enxergava a equipe mal naquele momento para começar a trocar. Via minha equipe equilibrada com dificuldade para chegar no terço final, porém com o Raniel perturbando demais a defesa. A defesa do Sport muito segura e, se não me engano, a menos vazada da competição. Depois o Danilo sentiu cãibras. Optamos pelo Getúlio no lugar do Raniel, que estava deixando um pouco cair. Eu não acredito que as substituições foram tardias.
Gramado do Maracanã
– Sem dúvida nenhuma as pessoas mais importantes para responder são os jogadores. Se o Pec falou que o gramado não estava em condições ideais, quem sou eu para dizer o contrário. Já vi o Maracanã em estados piores. Acho que estava apto para a prática do jogo, mas sem dúvida nenhuma o gramado do Maracanã é uma história longa. Eu fico com a opinião do Pec. De onde eu estava, eu não senti o gramado atrapalhar tanto.