Após o empate por 1 a 1 com o Vila Nova, em São Januário, válido pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o treinador do Vasco Zé Ricardo lamentou o mau desempenho de sua equipe e a péssima largada na competição. Com 19 mil vascaínos lotando a colina histórica, o jogo acabou em vaias para o técnico, equipe e diretoria.
– Decepção é a palavra. Esperávamos mais. O clima que foi criado para essa partida, principalmente sabendo que os ingressos estavam esgotados, se criou uma expectativa para a gente fazer um jogo e sair com o resultado, hoje era um jogo que a gente precisava fazer três pontos, a gente sabe que a Série B é uma competição muito complicada, em casa a gente precisa confirmar… A gente começou bem a partida, fizemos o gol, logo em seguida, o gol que sofremos acabou tirando um pouquinho nosso equilíbrio, e logicamente a pressão aumenta conforme o tempo vai passando. Mas numa estreia a gente tem alguns fatores pesando, certamente a gente precisa trabalhar mais para a gente chegar em Maceió no próximo jogo e tentar recuperar os pontos que deixamos aqui.
Zé Ricardo afirmou ter faltado organização à equipe vascaína, que se perdeu na ansiedade de ir para cima de um Vila Nova bem postado, explorando os contra-ataques.
– A gente não pode tirar os méritos do adversário, o Vila Nova veio na maioria do tempo jogando numa proposta de contra-ataque, eu acho que o Vasco realmente deixou a desejar na questão da organização, tivemos momentos bons na partida, momentos ruins, instabilidade muito por conta da nossa ansiedade, e infelizmente não conseguimos chegar próximos ao gol do Vila Nova em boas oportunidades que pelo menos até a segunda metade do terço final a gente conseguiu, tivemos um pouco de dificuldade nas finalizações.
+ Nenê fica na bronca ao ser substituído na estreia do Vasco e joga braçadeira de capitão no gramado
O meia Nenê, ao ser substituído no segundo tempo, saiu pelos fundos do campo reclamando e gesticulando com Zé Ricardo, e inclusive jogou a braçadeira de capitão no chão. O treinador foi perguntado se houve conversa no vestiário e de que forma isso pode prejudicar o andamento da equipe, já que o veterano é um líder.
– A gente não teve conversa depois, apenas fechamos a nossa roda. Não foi a primeira vez que o Nenê fez isso, em outros clubes ele já fez, jogador que quer jogar o tempo todo, é uma referência nossa, eu entendia que naquele determinado momento o primeiro volante do Vila Nova estava tendo facilidade para jogar, a gente não estava conseguindo nem com ele, nem com Raniel fechar as diagonais, ele estava iniciando a maioria das jogadas. Também não conseguimos pressionar muito a saída de bola do adversário, entendia que sangue novo ali, tanto Figueiredo como Getúlio poderiam fazer essas funções sem deixar de ser agressivo, sem deixar de ter presença na área. É uma reação de quem quer estar no campo, não vou polemizar isso, até porque não conversei com ele, isso a gente resolve entre a gente, se tiver que tomar alguma decisão diferente a gente toma sem problema nenhum enquanto eu estiver à frente do Vasco ou qualquer clube, eu sou a voz que decido, sempre para o bem do Vasco.
Indagado se os reforços anunciados na semana (Gabriel Dias, Erick, Carlos Palacios e Zé Vitor) já estão à disposição, o treinador foi prudente ao afirmar que eles não estão 100% fisicamente nem regularizados para estrear, e durante a semana deve ter a resposta. Ele também comentou a chance de mais jogadores chegarem para reforçar o elenco.
– Os reforços já estão treinando, mas só vamos colocar para jogar quem estiver 100% em condições. Se eu começar a falar de um ou outro atleta que possa estrear na semana que vem, talvez possa gerar uma expectativa que não se confirme. Temos tranquilidade e um protocolo a seguir. Espero que até quarta ou quinta-feira a gente possa dar uma posição melhor sobre esse assunto. Além disso, o Vasco sempre busca possibilidades para reforçar o elenco, está atento ao mercado, mas entendemos que a valorização dos atletas que estão à nossa disposição é o mais importante.
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