Pilar de um Internacional vice-campeão brasileiro e um expoente técnico da equipe, Patrick relembrou a temporada 20/21 e falou sobre os trabalhos de Miguel Ángel Ramírez, novo técnico colorado. Volante de origem, mas agora atacante, o jogador conversou com o site “GE” e analisou momentos pessoais dentro do clube.
Após o final do Campeonato Brasileiro, uma postagem de Patrick nas redes sociais causou polemica. Por não ter sido escolhido para a seleção do torneio, ele escreveu “joguei volêi”. Todavia, o atleta explicou a postagem, e revelou o desejo que tinha de ter levado algum prêmio individual.
– É uma ambição de todo jogador que disputa uma competição estar entre os melhores e ser campeão. Acho que briguei por isso, mas, infelizmente, não vieram o título e nem essa conquista individual. Foi mais uma brincadeira mesmo com a galera. Respeito totalmente os jogadores que foram para a seleção. Com certeza, foram merecidos – comentou Patrick, diminuindo a polêmica após a postagem nas redes sociais.
Todavia, a “indignação” de Patrick tem fundamento. O jogador foi um dos pilares de um Internacional vice-campeão brasileiro e chegou, inclusive, a ser colocado por alguns como concorrente ao prêmio de melhor do campeonato. Diante disso, o atleta reconhece, também, que a temporada 20/21 foi a de maior qualidade na carreira, apesar das dificuldades e da perda do título.
– Esse 2020/21 foi uma temporada atípica. Depois que me recuperei da lesão no início da temporada, consegui brigar pelo meu espaço e manter uma regularidade até o fim. Sequência de jogos direto em um calendário que não imaginávamos lidar no futebol. Eu consegui manter uma regularidade muito grande, ajudar com gols, sequência de vitórias, de jogos sem perder. Acho que foi muito bom e consegui dizer que foi o melhor ano da minha carreira – disse Patrick, pouco antes de afirmar que, para essa temporada ser melhor, quer um título e uma convocação para a seleção brasileira.
Patrick comenta início com novo treinador
A chegada de Miguel Ángel Ramírez deve alterar um pouco as características não só do time, como de Patrick também. Além de cobrar uma movimentação mais precisa, dentro de um jogo posicional, o jogador está mudando de posição. Volante de origem, ele já vinha atuando como meio-campista pela esquerda nas últimas temporadas. Mas, desde o início dos trabalhos, o técnico espanhol o jogador vem sendo colocado como um atacante pela ponta.
– Posso dizer que sou atacante, né? Todo mundo gosta de fazer gol e, nessa função, fico mais perto da área. Já fiz um gol no primeiro jogo. Que venha mais gols e eu possa ajudar naquela função do campo – observou Patrick, já relembrando o tento na goleada de 4 a 2 sobre o Ypiranga, na estreia dos titulares no Campeonato Gaúcho.
As mudanças táticas de Miguel Ángel Ramírez, dentro dos treinamentos, também foram evidenciadas por Patrick. Adepto de um estilo de jogo posicional, o treinador usa a ciência de dados e as diversas informações disponíveis para, rapidamente, implementar o estilo próprio de jogar.
– Ele quer implantar seu método de trabalho o mais rápido possível. Ele tenta botar o máximo de informações diárias para nós para assimilarmos e fazermos o que ele pede. Posso dizer que é muita informação de início, mas o pessoal tem assimilado muito bem o trabalho. Mostra vídeos de evolução de trabalhos de um dia para o outro e trabalhos repetidos – finalizou Patrick, explicando como Miguel Ángel Ramírez traz dados técnicos diariamente para os atletas colorados.
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