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Rosamaria após medalha de prata em Tóquio: ‘não deixamos faltar nada’

(DIVULGAÇÃO/INOVAFOTO/CBV)

A Seleção Feminina de Vôlei ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O resultado, obtido após derrota por 3 a 0 para os Estados Unidos na final, foi até acima do esperado, já que as brasileiras não levavam o favoritismo para o Japão. E um dos destaques desta Seleção foi Rosamaria, que sempre entrou bem quando acionada e que substituiu, sem deixar saudades, a oposto Tandara, suspensa por doping.

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A atleta declarou que, com a prata, se sente “muito feliz. Triste, mas feliz”:

— Essa prata significa coragem, não desistir nunca, acreditar em nossas convicções, no que a gente faz, e não no que os outros falam. Essa medalha foi muito trabalhada e estou muito feliz. Triste, mas feliz. É difícil explicar. É a sensação de que a gente lutou muito por esta conquista. Se a gente não ganhou por pouco foi porque os Estados Unidos também mereciam. Mas não deixamos faltar nada. Em uma Olimpíada tudo pode acontecer. Eu escutava isso, o Zé (técnico José Roberto Guimarães) falava. Ninguém entende o que acontece aqui. É uma energia doida. Acho que a gente foi muito forte emocionalmente. Fomos muito resilientes para chegarmos até aqui — contou Rosamaria.

A Seleção Brasileira não era a favorita, mas empolgou ao chegar à final com a condição de time invicto, ao contrário dos Estados Unidos, que haviam perdido para o Comitê Olímpico Russo. Porém, na final, o Brasil desempenhou bem abaixo do esperado, como reconhece Rosamaria:

— Podíamos ter feito algumas coisas, mas as americanas pressionaram o tempo inteiro. Foi realmente mérito delas. Ninguém esperava a gente na final e, mais uma vez, a gente lutou e mostrou que o óbvio tem que ser mostrado dentro de quadra. Ninguém vence com antecedência. E a gente lutou muito para estar nessa final — argumentou a oposta.

Rosamaria também comentou sobre o gás que deu ao Brasil a vitória — e a classificação às semifinais — sobre o Comitê Olímpico Russo:

— Ali, deixaram a gente sonhar que podíamos estar nas semifinais e na final. A gente sabia que iria brigar para estar nessa decisão. A lição que eu tiro dessas Olimpíadas é a de que tudo pode acontecer, de que não se ganha campeonato com antecedência — concluiu atleta.

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Estreante em Olimpíadas, Rosamaria terminou o torneio como a 16ª melhor bloqueadora da competição. Foram 13 pontos no fundamento, sendo 6 contra o Comitê Olímpico Russo. Ela destaca o aprendizado que obteve em Tóquio 2020:

— Saio mais forte emocionalmente, entendendo melhor o que significa uma Olimpíada, essa grandeza. É o mundo parando para admirar os melhores atletas. O detalhe decide a conquista de uma medalha de ouro e a gente tem que estar atento a isso o tempo todo. Uma Olimpíada não se constrói de um dia ou de um ano para o outro. É muito tempo de preparação — destacou Rosamaria.

Esta foi a segunda medalha de prata conquistada pelo Brasil num período de menos de dois meses. A Seleção já havia conquistado o segundo lugar na Liga das Nações ao perder, também, para os Estados Unidos.

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