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Pedro Lourenço, empresário ligado ao Cruzeiro, é indiciado pela PF

Foto: Reprodução

Conselheiro do Cruzeiro e um dos principais apoiadores do clube, Pedro Lourenço foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (10), pelo crime de obstrução de justiça. O dono dos Supermercados BH, Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), dois policiais federais e outros dois advogados faziam parte de um esquema de corrupção que dava acesso a informações sigilosas de investigações da corporação.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, que o Esporte News Mundo teve acesso, Pedro Lourenço e Andrea Neves eram privilegiados com informações e documentos de investigações em andamento, por meio de dois advogados. Já quem vazava as informações eram dois policiais federais.

Ainda segundo o inquérito da PF, o dono da rede de  supermercados BH e Andrea Neves usavam as informações para embaraçar ou impedir investigações ligadas a crimes em que estavam envolvidos, ou tinham interesse.

Pedro Lourenço já foi vice-presidente de futebol do Cruzeiro e deixou o cargo em janeiro deste ano. Mas as ligações com o clube ainda são fortes. Além de conselheiro, ele é um dos principais apoiadores do Cruzeiro. O dono da rede de Supermercados BH é parceiro da Raposa desde a gestão de Gilvan de Pinho Tavares e passando pelo mandato de Wagner Pires de Sá. Em entrevista a rádio Super, o atual presidente do Cruzeiro, Sergio Santos Rodrigues, assumiu que Pedrinho é um cruzeirense apaixonado e sempre ajudou o clube quando foi necessário.

O QUE DIZ A DEFESA:

O empresário foi indiciado pelo crime de obstrução de justiça e pode pegar até 10 anos de prisão. O ENM entrou em contato com o advogado de Pedrinho, Diogo Pimenta, da sociedade de advogados Maurício Campos Júnior. Em nota a imprensa, eles afirmaram que ainda não tiveram acesso ao relatório da Polícia Federal.

Segue manifestação:

Pedro Lourenço de Oliveira

Diferentemente da imprensa, a Defesa de Pedro Lourenço de Oliveira ainda não teve acesso ao relatório elaborado pela autoridade policial nos autos do IPL n. 504/2019 (Operação Escobar).

Não obstante, a Defesa afirma que o indiciamento de Pedro Lourenço por suposta “obstrução de justiça” divulgado pela imprensa é fruto de equivocada interpretação de mensagens telefônicas totalmente estéreis de um dos advogados investigados.

Pedro Lourenço não recebeu nem se beneficiou de qualquer informação privilegiada sobre inquéritos policiais, não conhece e jamais se relacionou com os policiais federais investigados, sendo certo, ainda, que o advogado Ildeu da Cunha jamais o representou em qualquer procedimento criminal.

A Defesa tem convicção de que a avaliação isenta do inquérito pelo Ministério Público Federal levará ao arquivamento da investigação em relação a Pedro Lourenço de Oliveira.

NAS REDES SOCIAIS…

A torcida do cruzeiro repercutiu a notícia, já que o empresário é um velho conhecido dos cruzeirenses.

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