Na ‘Era Lisca’, a zaga foi um dos alicerces que levou o América-MG ao sucesso e à elite do futebol brasileiro. Entretanto, em 2021, a situação não se mantém. Aliado à saída do xerife Messias e uma desorganização geral do time, o sistema defensivo do Coelho passa por apuros a cada jogo.
Na temporada de 2020, o América-MG disputou 65 jogos, e tomou apenas 44 gols, o que chegou a uma média de apenas 0,67 tentos sofridos por jogo. Em 2021, a equipe disputou 25 jogos e sofreu 21 gols, elevando a média para 0,84 tentos sofridos por duelo.
No último ano, a defesa americana, em maior parte do tempo, se baseou em Messias, que formou duplas com Anderson e Eduardo Bauermann, e sempre passou a segurança necessária ao time. Em 2021, o time não tem o defensor mais à disposição, o que influencia diretamente o rendimento da equipe. Além disso, a derrocada tática e a elevação da dificuldade que a Série A propõe são outros motivos que explicam o mau momento defensivo do Coelho.
ERROS COLETIVOS E INDIVIDUAIS
No Brasileirão, o América-MG tem tomado muitos gols por erros de sua zaga, sejam eles coletivos ou individuais. Contra o Athletico-PR, na primeira rodada, foi um exemplo disso: em um cruzamento despretensioso de Carlos Eduardo, faltou comunicação entre os defensores mineiros, que não conseguiram cortar a bola e a viram morrer no fundo das redes.
Diante do Corinthians, um novo erro, desta vez do lateral Marlon, que cometeu um pênalti bobo, que deu a vitória aos paulistas. Na jornada seguinte, a defesa voltou a falhar. Contra o Flamengo, Eduardo Bauermann foi facilmente envolvido e batido por Rodrigo Muniz no jogo inteiro, assim como foi no segundo tento do time da Gávea.
+Com vontade e experiência, Eduardo agrada e se firma na lateral-direita do América-MG
Posteriormente, já sem Lisca, os pecados seguiram. Nos dois gols do Palmeiras, no último domingo (20), a zaga deixou a desejar. No primeiro, Willian Bigode subiu sozinho entre os zagueiros e cabeceou para o gol. Depois, grosseiramente, Anderson passou a bola errado e cedeu a jogada do gol da vitória palmeirense.
MANCINI MEXE
Tais vacilos fizeram Vagner Mancini, em sua estreia, trocar peças. Eduardo Bauermann deu lugar a Ricardo Silva, que desperdiçou a oportunidade. O zagueiro formou dupla de zaga com Anderson, mas cometeu pênalti, recebeu dois amarelos e foi expulso, tendo uma atuação desastrosa.
Nos próximos jogos, o treinador deve seguir promovendo mudanças, a fim de encontrar a zaga “ideal” do América-MG. Recém-contratado, Lucas Kal entrou no circuito e está na briga. Momentaneamente, não há vaga cativa para nenhum dos quatro zagueiros, e testes devem ser feitos.
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