O confronto das oitavas da Libertadores entre Atlético e Boca Juniors foi tensa do início ao fim. Com Everson herói no fim da história, os bastidores contaram com o goleiro como “narrador” da história dos dois jogos.
No primeiro jogo, Everson destacou o problema na chegada do Galo a Argentina e o jogo duro:: “Viagem complicada. Passamos pela alfândega e não facilitaram muito pra gente. No jogo em si, a gente sabe o tamanho e o peso de jogar em La Bombonera. Jogo muito truncado, mas a gente conseguiu segurar o 0 a 0 e trouxemos a vantagem pra disputar dentro da nossa casa”.
Todo mundo sonha em jogar um jogo como esse. Então aproveita a oportunidade. Divirtam-se – palavras do ex-goleiro e agora gerente de futebol, Victor Bagy
Antes de entrar em campo, o experiente zagueiro Réver exaltou que todo time que quer ser campeão tem que passar por um desafio como esse de encarar o Boca. O lateral Dodô, que voltou a atuar justamente na primeira partida da série, agradeceu e exaltou os profissionais de fisioterapia do Atlético que foram essenciais para ele e Nacho atuarem.
No jogo da volta, o clima já estava tenso por tudo que tinha acontecido dentro e fora de campo na Argentina. Quem já sabia como o jogo seria era o preparador físico, Cristiano Nunes, que sempre tem a palavra de motivação antes dos jogadores entrarem em campo:
— Vão querer catimbar. Vão querer desestabilizar a gente. Não vamos cair na catimba. Pra ganhar o jogo, temos que jogar futebol, e temos muita qualidade pra isso. Hoje é jogo que a alma fica lá dentro (do campo)
Independente de ter torcida ou não. A casa é nossa, o ritmo tem que ser nosso – afirmou o atacante Hulk na última conversa antes da bola rola no segundo jogo
Voltando ao protagonismo de Everson, que seguiu contando a história do duelo, ele falou da importância de trabalhar com Victor e ressaltou que o mosaico no Mineirão, com a grande defesa do ex-goleiro, inspirou ele a querer também “construir a própria história” no alvinegro.
— A gente procurou trabalhar todos os possíveis batedores do Boca com nosso pessoal da análise. Além do estudo, tem o momento, o feeling, a decisão. Pude estar em uma noite muito abençoada, concentrado pra poder ajudar a equipe – afirmou Everson
Logo após ser o herói da classificação, o goleiro, muito emocionado, conseguiu apenas agradecer: “Não tem outro agradecimento a não ser agradecer a Deus e a Nossa Senhora Aparecida. É inexplicável”.