Nove jogos sem vencer, o técnico Mozart está ameaçado no cargo do Cruzeiro. Apesar de já ter sido revelado que o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, fez consulta para negociar a vinda de outro profissional para o comando celeste, há uma regra que impede a Raposa de contratar um novo treinador.
Em acordo feito por todos os clubes das Série A e B do futebol brasileiro foi determinado que um time não poderá demitir dois técnicos e acertar com um terceiro. Caso haja duas demissões, essa equipe deverá ser assumida por um profissional que já está no clube há no mínimo seis meses.
O Cruzeiro alega que não gastou sua primeira ficha com Felipe Conceição. A direção da Raposa defende que o clube e o treinador entraram em um comum acordo para sua saída. O ex-comandante celeste nega. O caso já está sendo julgado.
Se demitir Mozart e Conceição vencer a ação, profissionais como Célio Lúcio ou Belleti, que treinam as categorias de base, deverão assumir o Cruzeiro. Caso o clube tenha sua versão dada como certa no processo, poderá ser contratado um novo técnico.
O professor Vanderlei Luxemburgo deu entrevista à Rádio Capital, de São Paulo, e contou que foi procurado pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues e pelo investidor Pedro Lourenço. Apesar da busca, o treinador, que foi multicampeão na Raposa e atualmente está sem clube, descartou uma transferência em respeito a Mozart.
— Andaram falando comigo, mas está muito confuso. O presidente do Cruzeiro me passou uma mensagem, nos falamos pelo telefone. Tive uma conversa também com o Pedrinho, do Supermercados BH. Ficou nessa conversa, mas não avançamos em nada, não houve evolução sobre nada (…) eu disse ao presidente que ele tinha um treinador e que ele precisava ser respeitado. E o Pedrinho me procurou sobre um processo futuro, que existia a possibilidade de fazer isso. Enquanto vocês têm um treinador, ele precisa ser respeitado. Não pode ser diferente.
Esta regra foi implantada com o intuito de reduzir a “dança das cadeiras” promovidas pelos times do futebol brasileiro, que demitiam técnicos a todo momento. Nesta gestão atual, o Cruzeiro já soma seis treinadores em um ano e meio de trabalho. A norma entrou em vigor em 2021.
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