Com o crescimento do futebol feminino, e incentivo vindo principalmente das jogadoras profissionais, o Esporte News Mundo teve a oportunidade de conversar com a atleta sub-18 Laura Badin, que atua na zaga do Grêmio.
Badin, como é conhecida, está no Grêmio desde que começaram a escola de futebol feminino, e neste ano (2021), chegou à categoria em que está agora. Sobre estar atuando com a camisa do Grêmio, a atleta comenta:
– Com certeza, o que sentimos apenas jogando ou treinando é a melhor sensação possível, mas o sentimento se torna inexplicável quando jogamos no nosso time do coração e neste clube que é considerado mundialmente. Quando algumas pessoas afirmam que estou jogando no Grêmio, elas se impressionam e eu ainda mais. As vezes demoro para assimilar que um tempo atrás, os melhores jogadores do mundo estavam vestindo esta camisa. Com o maior orgulho e felicidade posso falar que visto este manto todos os dias, tendo a oportunidade de mostrar o meu potencial, de me divertir, de me cobrar e principalmente, para me tornar uma melhor pessoa e atleta.
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Sobre o investimento dos clubes no futebol feminino, Badin mostra a importância desse incentivo:
– O investimento é um sinônimo de crescimento e sem ele não se têm progressão dos times femininos brasileiros. Mas além de crescer o time feminino, o clube, em geral, é favorecido, pois terá a oportunidade de ser reconhecido de outra forma.
Além disso, a atleta diz que não são apenas os clubes que precisam incentivar, e sim todas as pessoas ao redor:
– No meu ponto de vista, não são apenas os clubes que tem que incentivar, mas sim as pessoas ao redor, que elas comecem a prestigiar os nossos jogos, pois querendo ou não, nós precisamos de espectadores, sue peguem o gostinho da nossa prática, pois vocês gostando de ver mais e mais, acaba forçando o investimento do clube.
Por fim, Badin também nos comenta sobre as dificuldades encontradas no futebol feminino:
– A maior dificuldade no futebol feminino é a demora do investimento de certos clubes. Temos alguns times participantes de campeonatos onde as meninas trazem mais resultado do que os próprios meninos, mas apesar de trazerem um novo troféu a cada dia, não é o suficiente para alojarem estas meninas, remunera-las e cuidarem ou tratarem delas como jogadoras de futebol, e não apenas, como meninas que colocam a camisa, jogam e voltam pra casa.
