O volante Allan foi titular nos últimos quatro jogos do Atlético-MG, inclusive, o jogador esteve presente na vitória da última quarta-feira (7), sobre o Pouso Alegre por 1 a 0. O atleta reconhece que o Galo fez um jogo ruim, mas acha que o time “errou na hora certa” e mira atuação melhor no clássico contra o Cruzeiro no próximo domingo (11).
— Difícil analisar os jogos que ficaram para trás, porque é muito difícil manter uma constância o ano todo. Mas jogamos mal na hora certa e mesmo assim conseguimos uma vitória. Domingo é fazer um jogo muito melhor do que foi o de ontem para ver se conseguimos a vitória para dar continuidade ao nosso ano. A gente tem que conseguir.
Allan vê a sequência de jogos prejudicial ao time e acredita que por isso o Atlético-MG teve um desempenho abaixo do esperado contra o Pouso Alegre.
— Foi um jogo que a gente teve muito pouco tempo de descanso do jogo contra o América que foi muito desgastante e por mais que ele (Cuca) tenha rodado o time, querendo ou não, pesou um pouco. A gente entrou desligado no primeiro tempo, precisou chegar no vestiário e a gente acordar. Foi o que aconteceu, que sirva de aprendizagem, que não se repita daqui para frente.
Apesar de estarem em situações bem distintas, Allan prefere não aderir ao discurso de time favorito para o clássico. O Atlético-MG hoje tem um dos investimentos mais caros do país e disputará a Libertadores, enquanto o seu maior rival, Cruzeiro, está na maior crise de sua história e disputará a Segunda Divisão pelo segundo ano seguido.
— Eu acho que o favoritismo é de fora para dentro. A gente aqui dentro vai trabalhar muito, ter dedicação, porque clássico é difícil independente da situação de ambos os times. Mas uma coisa que temos em mente é sair com a vitória no domingo, é o que mais nos interessa.
Função no meio de campo
O volante Allan, de 24 anos, comentou sobre a mudança no comando técnico e o que mudou na sua função com a saída de Jorge Sampaoli e a chegada de Cuca.
— A única diferença de Cuca com Sampaoli é a forma de eu ficar mais livre em campo, o Sampaoli gostava de um jogo mais de posição, um jogo mais parado, então a única coisa que muda hoje é isso, de forma mais leve e mais solto. Da forma que venho jogando me sinto mais a vontade. A forma que sempre atuei foi dessa maneira, faz parte das características que eu tenho. Ele (Cuca) me acompanhou antigamente e sabe da forma que eu gosto de jogar e vem corrigindo algumas coisas, mas me deixando mais à vontade.
Durante a entrevista coletiva, Allan foi perguntado sobre a carência de marcação no time do Atlético-MG que acabou sofrendo muitos gols na última temporada, o que comprometeu na briga pelo título brasileiro.
— Sou suspeito, jogo no meio de campo e sempre vou defender esse setor. Claro, um time que ataca muito fica um pouco exposto a sofrer com contra-ataques, mas por isso chegou o Cuca, para implantar o estilo de jogo dele. Então, é mais o nosso entendimento mesmo, pegar o que ele tem para nos passar, absorver o mais rápido possível e tentar melhorar.
Ao final da entrevista, Allan se incomodou ao ser perguntado sobre o seu temperamento explosivo e o seu alto número de cartões. Na temporada passada, o volante chegou a ser amarelado seis vezes e expulso uma vez.
— Eu jogo no meio campo, sou um jogador de marcação, onde a bola mais passa, onde mais precisa marcar. Posso melhorar sim, mas se pessoas de fora não querem que eu leve cartão, precisa me mudar de posição, me colocar no ataque, no gol, porque o meio campo é uma posição que marca muito, às vezes precisa fazer a falta e matar a jogada. É basicamente isso.
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