Flamengo

Análise: Flamengo e Rogério precisam encontrar equilíbrio antes que seja tarde demais

Flamengo x Fluminense
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Três derrotas em sete jogos. Esse não é nem de longe o início de Brasileirão que Rogério Ceni e o resto da equipe imaginavam para o Flamengo. Com a derrota para o Fluminense no último domingo (4), o Rubro-Negro está agora a nove pontos de distância do líder, Bragantino. Desfalques, excesso de jogos, gramados ruins… Há muitos motivos que levaram a equipe a este início ruim de campeonato. Contudo, a maior culpada é a falta de equilíbrio.

Contra o Fluminense, o que vimos em campo foi a tônica desta equipe do Flamengo no ano de 2021: um primeiro tempo muito forte e de muita intensidade, com domínio de jogo e muitas chances criadas, e um segundo tempo muito abaixo. E quando falta esse equilíbrio, se você não mata o jogo no primeiro tempo, corre sérios riscos de ser penalizado na etapa final.

Um dos motivos dessa queda na segunda etapa é a falta de leitura de jogo de Rogério Ceni. Há muitos pontos positivos quando nos referimos ao trabalho dele no comando do Flamengo, mas a pobre leitura de jogo na hora de substituir claramente não é um deles.

As inúmeras oportunidades dadas ao garoto Max até hoje não se justificam. Ontem, ao tirar João Gomes e Michael de campo, Rogério praticamente matou a equipe, perdendo a boa marcação e saída de bola do volante, e perdendo a única válvula de escape que estava funcionando na frente.

A zaga é outro fator que tem que ser resolvido enquanto não é tarde. Porém, sabemos que para uma dupla de zagueiros funcionar, é necessário que ela jogue junta durante um período grande de jogos. Somente assim ela ganhará entrosamento e conseguirá atuar de forma coesa e com segurança. E, pelo que vimos até aqui nesta temporada, Rodrigo Caio e Willian Arão foram a dupla que melhor atuou junta no miolo da zaga.

A opção de colocar Arão no meio campo, devido à lesão de Diego Ribas, forçou uma nova dupla de zaga, formada pelo imensamente contestado Gustavo Henrique, que foi facilmente vencido por Luis Henrique no lance do gol tricolor.

No entanto, não podemos culpar apenas o treinador por esse início ruim de Brasileirão. Basta analisarmos o que acontece nos jogos: domínio do Flamengo em boa parte da partida, com inúmeras chances criadas. Essas são características de uma equipe bem treinada.

Porém, além de criar várias chances de gol, o Flamengo é campeão em também desperdiçá-las. Bruno Henrique e Pedro, que deveriam ter assumido as rédeas dessa equipe no período da Copa América, até agora não o fizeram, tendo responsabilidade direta nos últimos resultados negativos da equipe.

E, como dissemos, uma equipe que cai muito de produção na segunda etapa precisa matar o jogo quando cria oportunidades.

Ainda estamos no começo do campeonato, e a situação rubro-negra está longe de estar arruinada. Porém, Rogério precisa, já com certa urgência, acertar os pontos que todos enxergam. A volta de Isla e Arrascaeta a partir desta segunda-feira (5) pode dar uma cara nova à equipe.

O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (7), às 19h (Brasília), diante do Atlético-MG, no Mineirão. A equipe de Rogério Ceni ocupa, atualmente, a décima posição no Brasileirão, com doze pontos conquistados em sete partidas.

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