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Análise: Fortaleza pagou com derrota o preço pela falta de intensidade e coragem, principais armas do time de Vojvoda

Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza EC

Na noite dessa última quarta-feira (23), o Fortaleza foi até o Maracanã visitar a equipe do Flamengo. O confronto, válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2021, teve como resultado uma vitória do Rubro-Negro pelo placar de 2×1. Com dois gols de Bruno Henrique, o time carioca impôs a primeira derrota do Leão na era Juan Pablo Vojvoda e encerrou uma sequência de 21 jogos de invencibilidade do Tricolor de Aço.

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A partida feita pelo Fortaleza ficou marcada pela diferença de postura equipe durante as metades do confronto. Na primeira etapa, viu-se uma equipe extremamente nervosa e desconcentrada. Desde a zaga até o ataque, os atletas do Leão erravam passes bobos, eram desarmados com facilidade ou, então, “entregavam” a bola ao Flamengo, seja com tentativas falhas de dribles ou segurando demais a bola no pé.

Não à toa, o Fortaleza encerrou a primeira etapa com uma grande desvantagem. Primeiramente, com uma falha individual de Felipe e, por fim, após um lance de desatenção do sistema defensivo por completo, o Leão pagou o preço pela falta de intensidade e coragem, as duas principais armas do time de Juan Pablo Vojvoda, e foi para os vestiários perdendo por 2×0.

No segundo tempo, no entanto, o Fortaleza voltou com outra postura: a postura da qual a torcida se acostumou desde a chegada de Vojvoda. Com apenas 15 segundos, após uma excelente jogada trabalhada, o Leão balançou as redes do Flamengo e voltou para a partida. Apesar de não ter conquistado o empate, o Tricolor de Aço teve diversas chances para o fazer e, diante do melhor elenco do país, conseguiu ser superior quando se propôs a ser superior. Mesmo com péssimos primeiros 45 minutos, o Fortaleza quase evitou o prejuízo.

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O treinador Juan Pablo Vojvoda, inclusive, comentou sobre a diferença de postura do Fortaleza nos dois tempos da partida:

– Acredito que o primeiro tempo foi uma partida muito ruim. Nós não soubemos sustentar o nosso jogo. No segundo tempo, viu-se um Fortaleza como estamos acostumados. Um time intenso, um time agressivo, um time que quis empatar a partida. No primeiro, nós falhamos em muitos passes na zona inicial. Nossa intensidade não foi boa. Se nós não temos intensidade, é uma regular, normal. Nós com intensidade, com dinâmica, somos uma equipe competitiva.

Entende-se que o elenco do Fortaleza não é farto e vem em uma fase de desgaste físico, visto a grande bateria de jogos. No entanto, o que se tira da partida do Tricolor do Pici diante do Flamengo é que, sem intensidade e coragem, tão cobradas pelo treinador argentino, será difícil de se alcançar os grandes objetivos. Independente do adversário, não se pode o “respeitar” além da conta. Futebol são 11×11 e, como disse Vojvoda, com intensidade e, também, coragem, a equipe do Leão é competitiva e já mostrou que bate de frente com qualquer time do Brasil.

Qualidade de elenco e um treinador com ótimas ideias de jogo, o Fortaleza já possui. O que o Leão não pode é pecar nos aspectos que pecou diante do Flamengo. É preciso aprender as lições da partida diante do Rubro-Negro carioca, passar uma borracha na derrota e seguir em frente, pois o Campeonato Brasileiro é longo. No entanto, é necessário manter o ritmo que se via na equipe de Vojvoda. É necessário que o Fortaleza jogue suas partidas como jogou na segunda etapa do duelo. É necessário que o Fortaleza não se esqueça das suas duas principais virtudes, que vão além de táticas e esquemas: intensidade e coragem.

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