O Grêmio perdeu para o Atlético-GO por 1 a 0, na Arena do Grêmio, e segue sem vencer no Campeonato Brasileiro. Ao iniciar a competição, o tricolor gaúcho era tido como um dos principais candidatos ao título, ainda mais com boas contratações como Rafinha e Douglas Costa e com o título do Gauchão na bagagem. Depois de sete jogos, com cinco derrotas e dois empates fica a pergunta: o que aconteceu com o Grêmio em 2021?
Tiago Nunes chegou para substituir o principal ídolo da história do clube, Renato Portaluppi, e teve um início de trabalho sensacional. Com goleadas, conquistas de título gaúcho e chegar a ter 10 jogos invicto, o trabalho parecia evoluir bem. Contudo, a partir do início do Brasileirão, o time iniciou uma série de jogos ruins, com pouca criatividade e agressividade e não soube achar soluções para melhora. Esses fatos refletem na falta de vitórias, tanto que a última ocorreu no dia 6 de junho, contra o Santa Cruz pela fina da Recopa Gaúcha.
A sequência ruim no Campeonato Brasileiro foi o principal fator para a ruptura do trabalho do técnico. No Grêmio, o treinador somou 19 partidas, sendo nove vitórias, cinco empates e cinco derrotas. No Brasileirão, Tiago Nunes teve apenas 9,5% de aproveitamento, que é algo que preocupa, pois pode tornar algo irreversível na luta contra um possível rebaixamento.
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Mudança de estilo e números do jogo
O Grêmio em 2020 já demonstrava traços de mudança no estilo de jogo, O futebol de troca de passes, manutenção de posse de bola e futebol envolvente dava lugar a um time mais direto, dinâmico e que por muitas vezes era um time mais reativo que propositivo, com menos encanto e mais competitividade. O declínio do tricolor em janeiro de 2021, mais a derrota na Copa do Brasil e queda na pré-Libertadores para o Independiente del Valle decretaram o fim da era Renato Portaluppi no clube.
Contudo, Tiago Nunes definiu que sua linha seria a continuidade do trabalho do ídolo, só que esta manutenção, no fim, foi dos momentos derradeiros. Um time apático, com falta de combatividade e com um ritmo mais lento. No jogo que decretou a demissão de Tiago Nunes, o Grêmio apesar de ter 62% de posse de bola e 21 finalizações – apenas quatro a gol, foi um time que foi totalmente controlado pelo Atlético-GO. Ou seja, os números não refletiram o que foi o desenvolvimento do jogo em si.
O Grêmio precisa focar na retomada de imbuir competição, raça e vontade no elenco. O futebol vistoso e envolvente é construído com tempo e trabalho, dependendo também do estilo do treinador. O Grêmio precisa focar na melhora do time principalmente na questão anímica, já que qualidade técnica ninguém duvida que o time tenha para sair desta situção adversa.