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Atuações ENM: Defesa desconcentrada e ataque sem inspiração marcam derrota do Bahia para o Defensa y Justicia; veja notas

Foto: Arisson Marinho/AFP via Getty Images

O Bahia foi derrotado pelo Defensa y Justicia na noite desta quarta-feira (9), por 3 a 2 em plena Arena Fonte Nova no jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Os gols da equipe argentina foram marcados por Braian Romero (2x) e Enzo Fernández, enquanto que pelo lado do Esquadrão, Gilberto e Matheus Bahia descontaram.

A atuação do Bahia passou pelo desempenho da arbitragem, que invalidou o gol de Gilberto, ainda no primeiro tempo em um impedimento que cabe discussões e gera interpretações distintas, além de um recuo na marcação de uma penalidade. Mas fora os assuntos envolvendo a arbitragem, o Bahia que atuou hoje esteve muito próximo ao que vem atuando no Campeonato Brasileiro.

Atuações oscilantes, fraco desempenho individual e pouco prestígio tático. O Bahia hoje abdicou da estratégia, naturalmente devido às circunstâncias no placar, mas não teve maturidade o suficiente para encarar um jogo adverso. Vale frisar à defesa que estava desfalcada, sem Lucas Fonseca, quem atuou em seu lugar foi Anderson Martins, que teve uma atuação pífia e mostrou insegurança e desentrosamento em diversos momentos do jogo.

Além dos problemas recorrentes com à defesa, o meio de campo que no primeiro tempo ainda tinha resquícios de técnica e dinâmica, caiu por terra na segunda etapa com às substituições promovidas por Mano Menezes. O filme que aconteceu no último sábado (5), na derrota para o Ceará, veio a ser protagonizado o mesmo roteiro na noite desta quarta-feira. As mudanças feitas por Mano Menezes tiraram a velocidade do meio campo que a equipe tinha e implementou o pragmatismo e a previsibilidade. Para uma equipe que está atrás do placar e necessitando desesperadamente do resultado positivo, vai contra às próprias convicções.

O resultado deste combo foi em uma derrota por 3 a 2 para o Defensa y Justicia dentro de casa, e buscar o resultado na Argentina será muito complicado, haja visto que Mano Menezes não promove variações na equipe e a previsibilidade do técnico não abre margem para ilusionar uma reação da equipe no jogo de volta, onde irá precisar propor o jogo e, no mínimo, vencer. Mas o futebol tem roteiros imprevisíveis e a chave está em aberto.

Mandou bem

Matheus Bahia: Vindo do banco, o jovem lateral esquerdo foi ofensivo na medida que pôde, apareceu para o drible e marcou um belo gol, o segundo da equipe brasileira.

Gabriel Novaes: Foi colocado numa fogueira, mas soube se sobressair com o talento individual. Em uma jogada individual, levou a bola do lado da lateral até próximo da linha da pequena área, originando o lance do gol de Matheus Bahia. Mas além do gol, assumiu a responsabilidade e tentou aparecer em meio ao apagado ataque baiano.

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Ficou devendo

Anderson Martins: Lento, previsível e afobado. Três palavras que podem definir a atuação de Anderson no jogo contra o Defensa y Justicia. Além das características citadas, o desentrosamento ficou nítido na partida de hoje e o zagueiro, na vontade de resolver todos os males defensivos, deixava sua posição para lutar em outros setores do campo. Numa dessas aventuras, Enzo Fernández foi mais esperto que a defesa do Bahia e fez o terceiro gol da equipe argentina.

Élber: Outro jogador que ficou devendo uma atuação melhor foi o atacante Élber. Não teve movimentação ofensiva e não foi arrisco como esperava-se que fosse. Além disso, veio de um erro de Élber, ao errar um passe simples, fundamento básico, que surgiu o contra-ataque do Defensa y Justicia e culminou no primeiro gol da equipe argentina, anotado por Braian Romero.

Veja às notas dos jogadores do Bahia que atuaram contra o Defensa y Justicia:

Anderson: 6,0

Nino Paraíba: 6,4

Anderson Martins: 5,5

Juninho: 6,0

Juninho Capixaba: 6,0

Edson: 6,0

Ramon: 6,5

Daniel: 6,5

Rossi: 6,5

Élber: 6,0

Gilberto: 6,5

Substituições:

Matheus Bahia: 7,0

Rodriguinho: 6,5

Elias: 6,0

Juan Pablo Ramírez: 6,5

Gabriel Novaes: 6,5

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