Com uma atuação de gala da Argentina, o Brasil acabou levando a pior na disputa pela medalha de bronze no vôlei masculino e ficou de fora do pódio pela primeira vez em 17 anos. Desde Pequim disputando as Olimpíadas, Bruninho lamentou o crescimento do nível das demais seleções após a conquista da Liga das Nações há menos de três meses.
– Eu acho que essa inconstância acabou acontecendo durante toda a competição. A gente não conseguiu manter o nosso nível, em muitos momentos de altos e baixos, muito sets, sets nem tão bons… E a gente não conseguiu essa medalha que a gente se prometeu lutar até o último ponto pra conseguir, a gente tinha certeza que conseguiria – disse o capitão da Seleção Brasileira em entrevista para o repórter da TV Globo e SporTV, Marcelo Courrege, após o jogo.
Desde que Renan Dal Zotto assumiu o comando da Seleção em 2017, o time brasileiro conquistou a Copa dos Campeões no primeiro ano do treinador e a Copa do Mundo 2019, além de ter sido vice-campeão do Mundial 2018, entre os principais títulos do ciclo. Para o levantador, o sentimento é de frustação pelas últimas derrotas em Tóquio.
– Frustação muito grande. Agora é difícil encontrar palavras, foi um ciclo olímpico difícil, mas que a gente conseguiu bons resultados. Mas chegou no mais importante e a gente não conseguiu a medalha que a gente sonhou. Assumir as nossas responsabilidades. Cada um tem as suas, eu como capitão principalmente, como levantador, e seguir em frente, acho que é a única coisa que a gente pode fazer – completou.
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A campanha brasileira nos Jogos Olímpicos teve altos e baixos, mas foi o suficiente para classificar em segundo lugar do grupo B, a frente de França e Argentina. Detalhando os números, foram três derrotas e 12 sets perdidos, um contraste muito grande para a campanha do título inédito da Liga das Nações (VNL), quando os brasileiros sofreram apenas duas derrotas em 20 partidas.
– O nível aumentou. Você percebeu que o nível de voleibol aumentou da Liga das Nações pra Olimpíada e essa acabou sendo a tônica dessa Olimpíada, muitos times ficando pelo caminho e a gente fora do pódio – comparou.
O camisa 1 não escondeu a tristeza em perder para um rival direto da América do Sul, mas pontuou as vitórias contra o mesmo rival e ainda deixou em aberto o futuro com a camisa verde e amarela.
– Com certeza, é lógico que a gente não vai esconder a nossa rivalidade com a Argentina. Nós os vencemos em 2012, em 2016, em quartas de final, e agora eles acabaram levando essa, uma medalha de bronze. Tem o mérito deles também, os caras souberam lutar e é isso. Essa horas tem que engolir o choro e partir pra próxima – afirmou.
– Acho que com tudo isso que a gente vem passando, agora é difícil até de falar alguma coisa, sabe? Acho que são tantas coisas, vamos avaliar tudo. Existe uma fadiga agora, física e mental, muito grande. O momento agora é de respirar e pensar só em relaxar porque não tem condição de fazer nenhuma avaliação pro futuro – finalizou.
