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Titular com o desligamento de Tandara das Olimpíadas, Rosamaria exalta força do grupo em busca do tricampeonato olímpico: ‘Trabalho em equipe’

rosamaria selecao brasileira volei toquio 2020
(Divulgação/FIVB)

Rosamaria assumiu o lugar deixado por Tandara na Seleção feminina de vôlei após a oposta ter sido pega no exame antidoping. Em sua primeira Olimpíada, a oposta não decepcionou e ainda antes de virar titular foi fundamental para a classificação brasileira nas quartas de final contra o Comitê Olímpico Russo entrando na inversão 5 x 1 junto de Macris, anotando seis pontos de bloqueio contra a equipe russa.

Na madrugada desse sábado (07) para domingo (08), à 1h30, pelo horário de Brasília-DF, o Brasil encara os Estados Unidos pela final olímpica. Em 2021, as comandadas de José Roberto Guimarães foram derrotadas nas duas vezes que enfrentaram o time estadunidense na Liga das Nações (VNL). Entretanto, quando o assunto é Olimpíadas, a Seleção Brasileira já enfrentou as mesmas adversárias duas vezes na final do torneio e sempre subindo ao lugar mais alto do pódio.

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– A gente sabia que corria por fora, que havia seleções com jogadoras espetaculares, mas, ao mesmo tempo, a gente também sabia que tinha condições e que chegaria até aqui como grupo. Uma marca do Brasil é o trabalho de equipe. Foi assim que esteve em todas as finais olímpicas nos últimos anos, exceto no Rio. Então não é por acaso, não é sorte. Tenho certeza de que se a gente quiser ganhar o ouro, será jogando como grupo. A gente nunca dependeu de uma jogadora só. Isso ficou nítido e por isso estamos na final. Tenho muito orgulho disso. Os Estados Unidos têm um grande time, jogam muito bem taticamente, têm muitas peças de reposição e um trabalho maravilhoso. Vamos deixar o coração dentro de quadra. Vai ser uma grande batalha – projetou Rosamaria.

Rosamaria conta preparação para estar na primeira Olimpíada da carreira

Pega de surpresa com o desligamento de Tandara do restante dos Jogos Olímpicos, a jogadora de 27 anos precisou assumir a titularidade na semifinal contra a Coreia, e não decepcionou. A oposta anotou 10 tentos, ficando atrás apenas de Fernanda Garay e Gabi na pontuação das brasileiras.

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–Não era esperado, mas eu treinava e buscava isso. Acabou acontecendo meio repentinamente, mas a minha cabeça estava preparada para isso a qualquer momento. Não preparei a minha cabeça há dois dias para jogar uma semifinal olímpica, um jogo de quartas de final, uma Olimpíada em si. Há muito tempo que eu desejo isso, então há muito tempo venho me preparando. As pessoas acham que é uma coisa simples, de uma hora para a outra. Muito pelo contrário. Me preparei muito tempo antes para entrar da melhor maneira possível quando tivesse a oportunidade – disse.

Rosamaria foi um dos pilares da Seleção Brasileira na virada contra a Rússia nas quartas de final em Tóquio
(Divulgação/FIVB)

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Durante o ciclo olímpico, Rosamaria teve a presença nas convocações de Zé Roberto questionada diversas vezes pelos torcedores. Mas sempre procurou trabalhar sem alarde e responder na bola os questionamentos. De volta à seleção, depois de ter pedido dispensa em 2019, a catarinense de Nova Trento desbancou Sheilla e Lorenne e conquistou uma das vagas entre as 12 dos Jogos, o primeiro de sua carreira.

– Tenho certeza de que tudo valeu a pena para chegar até aqui. Muitas vezes escutei de outras pessoas que não precisava ir treinar porque estava cansada, e eu fui mesmo assim; ou outras pessoas que não acreditavam em mim. Eu tinha o sentimento de que devia fazer alguma coisa e fiz. Fui muito responsável e abri mão de muitas coisas para estar aqui hoje. A certeza de que me doei 100% é o que me faz ter segurança, felicidade, e saber que a gente merece, que eu mereço, que eu conquistei isso aqui. É uma sensação de satisfação mesmo. Mas acho que valeu a pena ter acreditado nas minhas convicções, nos meus valores, mesmo que outras pessoas não entendessem. Valeu a pena ter seguido o meu coração sem dar ouvido às pessoas que não entendiam o meu foco – celebrou.

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