No Japão, em preparação para a estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o meia Claudinho concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (20). O jogador do Red Bull Bragantino destaca seu desempenho desde a Série B com a sua equipe para conseguir a convocação e disse estar em seu melhor momento na carreira.
— Com certeza esse é o melhor momento da minha carreira e da minha vida. Passa um filme na minha cabeça todos os dias, todos os treinamentos. Quando eu entro em campo para os treinamentos, vem um filme na minha cabeça que eu queria estar aqui, é um sonho realizado, um motivo de muita felicidade. Minha mãe falou para mim que eu ia chegar um dia na seleção e, graças a Deus, estou aqui hoje representando não só eu, mas também ela e minha família. Estou muito feliz com essa oportunidade de jogar uma Olimpíada.
Segundo Claudinho, o estilo de jogo do treinador da Seleção Olímpica, André Jardine, é parecido com o que é praticado com o que é praticado por Maurício Barbieri no Red Bull Bragantino, o que facilita a sua adaptação.
— O estilo de jogo é um pouco parecido com o que eu jogo no meu clube, com quatro atacantes. Isso facilita um pouco para me adaptar, não só para mim como os demais jogadores, acho que temos excelentes jogadores aqui, cada um na sua posição entende muito bem e muito rápido o que o professor Jardine quer, acho que isso facilita bastante para o crescimento e evolução da equipe. Acho que o nosso ponto forte é em cada posição, cada jogador é um destaque na sua equipe, na liga que está jogando, então acho que vamos muito forte para esse campeonato.
Claudinho destacou, também a presença do capitão Daniel Alves, de 38 anos, que levou instrumentos para fazer um ‘pagode’ e aproximar o grupo fora dos treinos.
— O Daniel Alves é um cara ‘sem palavras’, não o conhecia ainda pessoalmente, de conviver, apenas de jogar contra. Já tinha ele como exemplo por tantos títulos, o cara que mais ganhou no futebol, então tem que respeitar. Mas estou muito feliz de conviver com ele, é um cara que junta o time também, trouxe uns batuques, as coisas para juntar a rapaziada e fazer um pagode, para todo mundo ficar junto, para não só o Jardine fazer o nosso treinamento com todo mundo junto, mas na concentração também. Então, (Daniel Alves) é um líder especial que temos, fico feliz por ele estar aqui e por poder ajudar a ele, quem sabe, conquistar esse título inédito para ele, que ele merece muito.
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Reencontro com a Alemanha
A estreia do Brasil nas Olímpiadas será contra a Alemanha em uma reedição da final dos Jogos Olímpicos de 2016, vencida pela Seleção Brasileira nos pênaltis. Claudinho contou onde estava no dia dessa decisão e revela felicidade em hoje poder estar dentro do campo para representar o seu país na competição.
— Naquela final eu estava em casa com a minha família reunida, assistindo muito nervoso. Acho que todo jogador queria estar ali naquele momento, no campo, podendo ajudar de alguma forma, mas, com muitos jogadores qualificados, conseguimos, graças a Deus, sairmos campeões, fiquei muito feliz. E agora eu poder disputar essa Olimpíada, se Deus quiser, chegar à final e levar esse ouro olímpico para o Brasil, vai ser muito importante não só para o Brasil, mas também para mim, para minha carreira, vou ficar muito feliz com esse título. Se fosse para falar alguma coisa para o Claudinho daquela época, seria para nunca desistir dos seus sonhos, que a ‘sua hora vai chegar e que é só trabalhar que as coisas boas acontecem para quem trabalha’. Então, graças a Deus, consegui trabalhar bastante, continuo trabalhando no meu dia a dia para ajudar os meus companheiros e agora estou colhendo os meus frutos.
A estreia do Brasil, contra a Alemanha, acontece na próxima quinta-feira (22), às 5h30, em Yokohama. A Seleção Brasileira está no Grupo D que conta, também, com a Costa do Marfim e Arábia Saudita.