Assim que os Jogos Olímpicos de Tóquio se encerraram, em agosto deste ano, os olhos do mundo se voltaram a Paris, que será sede da próxima Olimpíada, em 2024, “apenas” três anos depois da disputa no Japão. Mesmo com o período mais curto de preparação, há quem veja pontos positivos na situação. É o caso do ex-nadador Gustavo Borges, embaixador da Poker no Brasil, que acredita que a diminuição em um ano entre as disputas trará benefícios aos atletas mais jovens, mas, principalmente, aos mais veteranos.
– O ciclo olímpico para Paris-2024 ficou mais enxuto, mas acredito que o desafio tenha ficado mais “fácil” para os atletas. Os jovens tem oportunidade de ir novamente em um curto espaço de tempo e os mais velhos ganham uma vantagem pela diminuição do período – analisou Borges, que completou:
– Seria mais desafiador esperar 4 anos por outra Olimpíada. O desafio, agora, é manter o treino e o foco em um ciclo olímpico mais curto. Será mais emocionante e mais agitado do que em anos anteriores.
Com 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze, o Brasil teve a melhor Olimpíada de sua história no Japão. E a natação teve um papel importantíssimo nessa marca, com o ouro de Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e os bronzes de Fernando Scheffer (200m livre) e Bruno Fratus (50m livre).
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Como Cunha e Fratus são atletas experientes, já tendo conquistado medalhas em Mundiais, o destaque do país ficou por conta de Scheffer. O jovem de 23 anos disputou sua primeira Olimpíada, e logo de cara subiu ao pódio. Para Borges, o surgimento do jovem talento abre de vez as portas para a “nova geração” da natação brasileira.
– A nova geração está bem adaptada, não muda muito em relação ao mindset das antigas. Na nossa época íamos para cima, treinávamos e fazíamos as coisas acontecerem. Eles também fazem isso. Acredito que exista uma ansiedade natural para ter respostas mais rápidas, como também era conosco, mas estão encarando o desafio de forma tranquila – disse Borges.
Para Borges, um dos focos nesse ciclo mais curto deve ser a excelência nos treinamentos. O ex-nadador acredita que, dessa forma, quem irá desempenhar um papel essencial para manutenção do “boom” do recorde de medalhas do país serão os patrocinadores.
– Todo o patrocínio é bem-vindo no suporte ao atleta. Você precisa deles para ter atletas treinados, focados e motivados. É fundamental. Como embaixador da marca, é isso que vejo a Poker trazendo também na natação, com o apoio e preparação dos atletas. É claro que todos os esportes possuem materiais específicos de cada área, e quanto melhor eles forem, melhor será a base de treinamento. Estamos falando de alto rendimento, então o material é fundamental. Os atletas buscam sempre as melhores condições para que o treino seja feito com excelência e os resultados apareçam – finalizou Borges.
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Os nadadores brasileiros encerraram na última semana a participação no Mundial em Piscina Curta de Doha (CAT), com três medalhas. Foram elas o ouro do veterano Nicholas Santos (41 anos), o bronze de João Gomes Jr. (35 anos) e o bronze no revezamento 4x200m livre com boa parte da nova geração: Murilo Sartori (19 anos), Kaíque Alves (21 anos), Breno Correia (22 anos) e o medalhista olímpico Fernando Scheffer (23 anos).