Fortaleza

Com venda de jogadores, Fortaleza busca arrecadação para crescer no mercado e preencher lacunas

Junior Santos tem se destacado no futebol japonês (foto: divulgação/J-league)

Desde que a nova gestão, encabeçada pelo atual presidente Marcelo Paz, do Fortaleza apareceu, o clube chegou a uma solidez financeira importante, sem gastar de maneira descontrolada, principalmente na montagem do elenco. Porém, com os desafios que a pandemia da COVID-19, o Leão, assim como muitos outros, teve problemas, que foram até amenizados por conta do equilíbrio nas contas e sucessos dentro de campo e fora de campo nas últimas temporadas.

Mesmo assim, as dificuldades ficaram escancaradas. Ainda sem previsão para retorno da torcida, que lotou o estádio nas temporadas 2018 e 2019, o que ajudou muito o clube, o Fortaleza tenta se virar com vendas e empréstimos de jogadores, além de percentuais que obtém de vendas antigas, para permanecer não só no verde, mas também investir em nomes importantes no mercado e evitar o sofrimento que teve na última temporada.

Noticiado pelo jornalista Afonso Ribeiro, do O POVO, o tricolor faturou R$ 1,7 milhão na venda do atacante Júnior Santos por parte do Kashiwa Reysol-JAP ao Sanfrecce Hiroshima-JAP. O atacante de 26 anos atuou no Leão no início de 2019, quando se destacou no título da Copa do Nordeste, sendo, inclusive, artilheiro da competição, despertando interesse do mercado japonês. Na época, o Kashiwa desembolsou R$ 2 milhões por 25% da parte do Leão, que havia comprado o atleta da Ponte Preta por R$ 1 milhão por 50% dos direitos econômicos.

Foto: Divulgação/K-League

Outro que pode ser vendido de forma definitiva é o meia Edinho, cria da base do Fortaleza, que vem se destacando bastante no Daejeon Hana Citizen, da Coreia do Sul. Emprestado pelo Atlético-MG, o atleta tem passe fixado em 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11,3 milhões). Caso a compra seja exercida até o fim do empréstimo, o que existem boas chances pelo seu rendimento, o Leão, que tem 20% dos direitos federativos de Edinho, receberia cerca de R$ 2,2 milhões pela venda.

Por fim, outra negociação que deverá render uma boa quantia aos cofres do clube é a do atacante Bergson. Emprestado ao Johor FC, maior clube do futebol da Malásia, por 100 mil dólares (cerca de R$ 570 mil), o atleta tem se destacado muito, marcando seis gols nos seus primeiros cinco jogos. Com a cláusula de compra no contrato de 400 mil dólares (algo em torno de R$ 2 milhões e 272 mil), o que não seria problema para o Johor pagar pelo seu poderio financeiro, o Fortaleza receberia mais um dinheiro importante e necessário.

Além disso, outra venda que seria bem importante ao clube é a do atacante Romarinho, que estava negociando sua saída para o futebol japonês, mas acabou sendo travada pelos problemas de entrada no país com visto e outras questões burocráticas por conta da COVID-19. Mesmo sem informações totalmente precisas sobre a quantia real da venda, seria a maior venda da história do clube.

Todas essas aquisições nas questões financeiras chegam em um momento necessário para o clube, que, mesmo equilibrado nas finanças, sofreu e ainda sofre por conta da pandemia. A reformulação no elenco, como a saída de jogadores que recebiam alguns dos maiores contratos do elenco, como Paulão e Juninho, também foram importantes nisso, já que o clube muda o elenco e tenta qualificar, além de ir atrás de nomes maiores no momento, como o do atacante uruguaio Abel Hernandez, do Internacional.

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