Com a saída de Lisca e a indefinição na contratação de um novo treinador, o América-MG será comandado por Cauan de Almeida contra Cuiabá e Palmeiras. Aos 32 anos, o interino é tratado como uma promessa da profissão dentro do clube, e tem uma das principais chances de sua curta carreira.
Durante a “Era Lisca” no América-MG, Cauan de Almeida se destacou e, por vezes, chamou a atenção da torcida, já que comandou a equipe à beira do campo diversas vezes, por suspensões do técnico principal ou outros motivos. De perfil estudioso, o auxiliar permanente do Coelho alia uma caminhada acadêmica e dentro das quatro linhas.
TRAJETÓRIA
Como quase todo menino que nasce no Brasil, Cauan sonhava em ser jogador de futebol, mas sua vida andou para outros lados. Após jogar em divisões de base, por influência de sua mãe, preferiu o estudo, o que prevaleceu em sua vida no esporte bretão. Formou-se em Educação Física, fez mestrado em Portugal, trabalhou em alguns times até chegar ao Coelho, em 2017.
ESTILO
Interino do América-MG, Cauan de Almeida se enxerga como um estudioso, que supriu a falta da experiência como jogador profissional em conhecimento. Entrevistado pelo ENM de forma exclusiva em março, o profissional falou sobre esse seu lado.
– A personalidade tem muita a ver com a criação. Eu considero que meu perfil é muito baseado na criação que minha mãe me deu. Ela sempre foi muito preocupada com educação. Essa busca por conhecimento e conteúdo vem de criação. Ao mesmo tempo, eu percebi que eu precisava disso. Como não fui jogador, naturalmente eu teria de buscar meu espaço de uma outra maneira. E essa busca foi pelo conhecimento, pela teoria, pelo máximo de cursos e livros que eu pudesse agregar –, disse.
PREFERÊNCIAS TÁTICAS
– Gosto do jogo posicional, que é um termo que está bem em evidência agora, mas que eu já tenho contato pra Portugal desde 2014. Eu já tinha essa ideia de jogo posicional. Então, o jogo posicional é um jogo que me interessa muito. Eu alcançar esse controle do jogo através da posse de bola sim, mas ao mesmo tempo de interpretar e saber os momentos que você tem que ser agressivo. E aí, eu gosto muito de jogo posicional na linha do equilíbrio. Então, desde que eu comecei a e voltei assim de Portugal ele trabalhar mais especificamente com equipes de alto competição, de alto rendimento e as equipes tinham o controle do jogo, a nível ofensivo, muita posse de bola, mas também muito agressivo pra atacar o último terço, valorizando também a individualidade do jogador brasileiro, a característica do jogador brasileiro, do extremo, por exemplo, que gosta do drible –, revelou o profissional.
– A nível defensivo, gosto muito da marcação zonal, bem agressiva, que é muito do que vocês podem ver aqui na nossa equipe hoje também, é uma equipe bem agressiva, pressiona o portador da bola constantemente, uma equipe muito compacta, uma equipe que tem princípios defensivos muito bem estabelecidos –, falou Almeida.
REFERÊNCIAS
– Não é porque eu trabalhei com os dois, mas os dois tiveram a consciência de passar um modelo de jogo muito interessante, falo de Felipe Conceição e Lisca. E pra citar um terceiro treinador brasileiro, é o Tite –, comentou.
De fora do Brasil, o profissional citou nomes como Jurgen Klopp, Pep Guardiola, Julian Nageslmann.
+Lisca diz que indicou Cauan de Almeida e Felipe Conceição para o cargo de técnico do América-MG
Sob o comando de Cauan de Almeida, o América-MG enfrenta o Cuiabá nesta quinta-feira (16), às 16h, na Arena Independência.
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