Os conselheiros do Atlético-MG aprovaram a venda de metade restante, cerca de 49,9%, do Shopping Diamond para pagamento de dívidas. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (30), e o clube precisava de 280 votos a favor, ou seja, dois terços dos 480 conselheiros no total, para que fosse aprovado.
A votação aconteceu na Sede do clube no bairro Lourdes, na região centro-sul de Belo Horizonte, e contou com a presença de diversos conselheiros. Alguns participaram de forma remota.
O dinheiro será destinado para diminuir significativamente as dívidas onerosas do Atlético, que gira hoje na casa dos R$ 500 milhões (brutos). Segundo o estudo do Atlético, os 49,9% do Shopping Diamond (a outra parte foi alienada para a construção da Arena MRV), tem uma avaliação próxima de R$ 300 milhões/R$ 350 milhões.
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Somente no ano passado, o clube teve de pagar R$ 87 milhões de juros. O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, falou ao jornalista André Hernan, sobre a importância da venda dos 49,9%.
– Nós estamos para receber autorização do Conselho. Vamos conseguir sim. A venda não será difícil, há fundos interessados. Esses valores que serão recebidos da venda dos 49,9% do Diamond Mall. Esse dinheiro será carimbado para pagar dívidas onerosas. Será muito importante, porque nós vamos diminuir talvez uns R$ 40 milhões, R$ 50 milhões de juros por ano.
Entre os conselheiros, alguns nomes conhecidos do torcedor atleticano marcaram presença na sede de Lourdes. Entre eles, o ex-presidente do clube, Sérgio Sette Camara e o presidente do Conselho Deliberativo, Castellar Guimarães Filho.
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VOTO POR ENGANO
Uma situação inusitada aconteceu em meio à votação nesta segunda-feira. Apenas dois votos foram contrários a venda da metade do Shopping Diamond, que foram feitos pelos conselheiros Adamastor Nascimento Machado e Hélio Caetano de Melo. No entanto, ambos afirmaram terem feito escolhido o seu voto “por engano”.
– Nós votamos errado. Retificamos o voto. Deu tudo certo agora. Foi por livre e espontânea vontade, porque foi errado mesmo. Estou feliz e satisfeito. Meu filho me ligou perguntando se votei contra e me deu uma bronca danada -, afirmou Adamastor Nascimento Machado.
Hélio Caetano também falou que houve um engano no momento da votação, mas por conta de problemas de visão. Ambos retificaram os seus votos posteriormente.
– Não pude ver o texto corretamente porque estou com um problema de visão. Tão logo percebi que estava errado, voltei para fazer a retificação.