Aos 34 anos e com um vasto currículo no futebol profissional com passagens por grandes e medianos clubes brasileiros, Diogo Silva, que perdeu espaço na equipe principal do Ceará na temporada atual, viu a oportunidade de atuar entre a equipe Sub-23 e fez bonito. Atleta mais experiente do grupo, o goleiro foi essencial na vitória sobre o Vila Nova-GO, no último domingo (31), sendo herói nas penalidades, dando o título de campeão do Brasileirão de Aspirantes ao Vovô, na Cidade Vozão. O goleiro, conhecido por sua humildade e fé, exaltou o título conquistado e afirmou que espera que o grupo possa ter deixado o nome registrado na história centenária do Alvinegro de Porangabuçu.
“Esse é, com certeza, um dos títulos mais importantes da minha carreira. A gente batalhou muito, buscamos bastante. Esse grupo tem muita gente boa e capacitada. Esperamos ter marcado um pouco o nosso nome na história”, disse o goleiro.
Diagnosticado com Covid-19 no último dia 14, o atleta se recuperou da doença e 10 dias depois estava em campo na primeira final da disputa Sub-23, em Goiânia. No entanto, o Vovô deixou a cidade do Centro-Oeste do Brasil derrotado por 2 a 0. No último domingo (31), sua equipe fez o placar necessário para levar o duelo às cobranças alternadas ao vencer por 3 a 1 no tempo normal e, nas penalidades, o goleiro se sagrou herói defendendo dois pênaltis e convertendo o último.
“Eu sempre treinei cobranças de pênaltis. Batida e também defesas. Nada no futebol acontece por acaso. Você vai desenvolver no campo aquilo que treina”, explicou.
Titular na permanência do Alvinegro na Série A em 2019, fazendo 40 jogos pelo clube durante aquele ano, Diogo perdeu espaço na temporada atual com a chegada de Fernando Prass e a recuperação de Richard, que havia passado mais de um ano sem jogar depois de ter sofrido uma lesão no joelho. Após virar terceiro goleiro, Diogo Silva fez apenas duas partidas pelo time principal, ambos pelo Campeonato Cearense, e 12 pelo Campeonato Brasileiro Sub-23, onde ganhou destaque com grandes defesas, principalmente na reta final da disputa, e foi visto como exemplo pelos jovens companheiros.
“Eu quero sempre poder estar jogando, poder ajudar meus companheiros. Ainda mais pra um goleiro que necessita sempre de ritmo”, afirma.
Tendo seu vínculo com o Ceará próximo do fim – fevereiro desse ano -, Diogo evita fazer planos sobre uma possível permanência.
“Sobre o fim de contrato deixo nas mãos de Deus”, concluiu o goleiro.