O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, criticou os valores envolvidos nas vendas das SAF´s (Sociedade Anônima do Futebol) no futebol brasileiro. Enquanto procura investidores para o Athletico, o gestor do Furacão afirma que clubes como Botafogo, Cruzeiro e Vasco valem mais do que estão sendo negociados. Os dois primeiros clubes foram negociados por R$ 400 milhões com 90%, enquanto o Vasco está prestes a fechar por R$ 700 milhões em 70%.
Em entrevista ao Portal UmDois Esportes, Petraglia afirmou que os valores pagos pelos clubes são muito baixos.
– O que estamos vendo atualmente são os clubes se entregando a investidores por preços absurdamente baixos. É o preço de um jogador.
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Como comparação da frase citada por Petraglia, o atacante Neymar, que é a maior venda do futebol brasileiro, foi negociado em 2013 por 88,4 milhões de euros para o Santos. Na cotação atual seria cerca R$ 514 milhões. Já Vinícius Júnior, ex-Flamengo e Rodygo, ex-Santos, custaram 45 milhões de euros para o Real Madrid, aproximadamente R$ 261 milhões cada um, também na cotação atual. Nas últimas temporadas, o Athletico lucrou cerca de R$ 166 milhões com Bruno Guimarães. Cerca de R$ 116 milhões quando vendeu para o Lyon em 2020 e mais 50 milhões nesta temporada, quando o jogador saiu para o Newcastle.
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O mandatário do Furacão comenta que as negociações atuais sobre as SAF´s são reflexos da forma amadora que o futebol brasileiros viveu nas últimas décadas. Segundo Petraglia, o Athletico já recebeu propostas, mas está avaliando sua posição e valor de investimento no mercado, antes de negociar com algum investidor.
– Tenho várias propostas, mas vou fazer avaliação, quero saber o quanto valemos. Temos um modelo que nos interessa da melhor forma, mas vamos ver como o mercado reage.
Os sócios do Athletico aprovaram a mudança para clube-empresa em novembro do ano passado. O exemplo de modelo prevê a criação da CAP SAF com uma ação de propriedade Classe A e Classe B. O primeiro irá pertencer à FUNCAP, pois terá a possibilidade de veto nas futuras decisões do clube. A entidade poderia barrar mudanças radicais no Athletico, como mudança de nome, cidade, cores, símbolos, entre outros. Já as ações da Classe B seriam divididas 50% entre o Athletico e 50% entre os investidores.