Atacante do Everton e da Seleção Brasileira, Richarlison publicou nesta quinta-feira (4) uma carta aos fãs na plataforma The Players’ Tribune. O jogador fez um apelo para que as pessoas se vacinem contra a Covid-19. Na abertura da mensagem, ele é enfático na defesa dos imunizantes e valoriza o trabalho dos cientistas e profissionais de saúde que se empenharam no desenvolvimento das vacinas.
“POR FAVOR, NÃO DEIXE DE TOMAR SUA VACINA! Não tenho dúvidas de que a vacina é confiável. Muita gente deu duro para termos essa chance. Os cientistas e médicos arriscaram suas vidas, abriram mão até de conviver com suas famílias para tentar uma solução. Eles são verdadeiros heróis e merecem ser valorizados pelo que fizeram. Não fosse o empenho deles em buscar a cura, a gente estaria numa situação ainda mais caótica”, escreveu o camisa 7 do Brasil.
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Ciente de que as fake news foram determinantes para que uma parcela da população mundial recusasse os imunizantes, Richarlison criticou a postura dessas redes de disparo em massas de informações falsas. Além disso, ele assumiu seu papel como “figura publica” e a responsabilidade de levar dados confiáveis às pessoas. Para isso, citou o trabalho desenvolvido pelo programa “USP Vida”.
“No ano passado, eu me tornei embaixador do USP Vida, um programa da Universidade de São Paulo que já arrecadou quase 20 milhões de reais em doações para pesquisas e projetos científicos. O programa não é restrito à vacina. Também ajudou a desenvolver respiradores mais baratos e de produção mais rápida, testes, equipamentos de proteção e outras coisas relacionadas à Covid-19. A vacina seria a cereja do bolo”, declarou Richarlison.
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O jogador dos Toffees comentou a situação da pandemia no Brasil, a partir do avanço da imunização. Conforme dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Richarlison apontou o registro de 98 mortes pelo novo coranavírus ocorrido na última segunda-feira (1), o menor número desde o dia 11 de abril de 2020. O “Pombo” ainda fez questão de indicar a queda percentual dos óbitos causados pela doença em seu país natal, desde o pico da pandemia, quando chegou a mais de 4 mil vidas perdidas diariamente.
“Por ter me aproximado do universo da ciência, eu consigo notar claramente o quanto a vacina tem nos dado esperança. Os números comprovam. No Brasil, as mortes pela doença caíram mais de 90% depois que a vacinação avançou”.
Na mensagem, Richarlison relembrou momentos difíceis da vida pessoal com que teve que conviver por conta da doença. O medalhista de ouro falou sobre a perda do seu primeiro treinador, Sebastião José da Silva, vítima da Covid-19. Comentou, também, sobre a angústia em saber que a mãe e o pai tinham se contaminado com o vírus, além da tristeza de não poder abraçá-los, durante sua visita em Nova Venécia (ES), após a Copa América. O jogador, no entanto, agradeceu pela recuperação dos pais e por não terem desenvolvido nenhuma sequela pela doença.
Numa atitude de acolhida, Richarlison pediu respeito àqueles que ainda não foram se vacinar. Exceto para os que fazem uso político da questão, o jogador acredita que há uma parcela da sociedade que “realmente tem dúvidas e precisam de mais tempo para decidir”. Para ele, o diálogo é o melhor caminho para convencer essas pessoas a fazerem a escolha certa e tomarem a vacina. O brasileiro ainda defende a obrigatoriedade do passaporte de vacinação, sob a justificativa de que o tema se refere a um bem coletivo, de modo a superar as escolhas individuais.
No final da carta, Richarlison deixa um recado importante para o atual momento que atravessa o Brasil. O jogador coloca a escolha pela vacina como um símbolo do verdadeiro patriotismo, uma vez que é a melhor forma de contribuirmos com o nosso país.