Fernando Diniz foi apresentado pelo Fluminense na tarde desta segunda-feira no CT Carlos Castilho. De volta ao Tricolor depois da passagem em 2019, o novo treinador destacou que chega ao clube com mais vontade para que o clube tenha mais resultado. Além disso, comentou sobre o seu estilo de jogo e também elogiou Paulo Henrique Ganso
– Tem perguntas são difíceis de ser respondidas. São três anos que estou experimentando pra voltar. Eu fiz tudo que podia, talvez por isso esteja voltando. Hoje acho que posso fazer muito mais, e o Fluminense hoje é muito diferente. O que posso te garantir é que venho com mais vontade ainda, com toda a alma, para que o Fluminense possa ter resultado – disse Diniz.
Fernando Diniz elogiou bastante o elenco do Fluminense. Ele disse que o clube tem vários jogadores que ele já indicou para outros times.
– Eu vejo que o Fluminense montou um time que tem bastante a minha cara. Tem pelo menos sete jogadores nesse elenco que eu tentei levar, mas o Fluminense conseguiu contratar os jogadores. Acho um elenco muito bem montado, extremamente qualificado. Vou procurar tirar o melhor de cada jogador e a gente conseguir ter sucesso junto.
+ Diniz já inicia ‘nova era’ no Fluminense pressionado por resultados em todas as competições
Um ponto levantado na coletiva foi o estilo de jogo de Diniz. Em muitos momentos de sua carreira, o treinador teve equipes que mostrou um futebol encantador, com bom rendimento dentro de campo, porém não teve resultados positivos. O novo técnico do Flu comentou sobre isso.
– Eu acho que a gente discute uma coisa que, na minha opinião, cria-se uma rivalidade totalmente sem fundamento que é rendimento x resultado. O rendimento é uma coisa que te aproxima de ganhar. Quem tem mais rendimento, vai ter mais chances de ganhar. Não quer dizer que vai ganhar, mas ter mais rendimento te aproxima das vitórias. É muito difícil você pegar um time com pouco rendimento que vai ser campeão. Quando uma pessoa tem um rendimento bom e não ganha as partidas, a gente questiona como se render bem fosse uma coisa ruim.
Com Diniz à beira do campo, o Fluminense encara o Junior Barranquilla, às 21h30, pelo grupo H da Copa Sul-Americana. O time precisa da vitória para ainda sonhar com uma classificação para as oitavas de final da competição.
Outros trechos da coletiva:
Defesa
A minha abordagem com os jogadores, eu vou fazer o que faço sempre, tanto com os mais experientes, quanto com os mais novos, vou implementar as minhas ideias de futebol. A prioridade do meu trabalho é fazer um trabalho direcionado para os jogadores, fazer com que eles se sintam bem, confiantes e a gente vai estruturando a equipe para que isso aconteça. Se temos um jogador confiante, com coragem para jogar, a tendência é que tenhamos um time cada vez mais competitivo para ganhar os jogos.
Pressão
Quem está no ambiente do futebol vive pressão o tempo todo. O que diminui a pressão é ganhar, então precisamos ganhar e para isso precisamos ter um foco muito grande para isso, não adianta olhar para fora e não poder fazer dentro. Precisamos saber o que estamos fazendo aqui dentro, ter convicção e seguir. E o torcedor está lá para aplaudir ou vaiar. Eu nunca reclamei de vaias da torcida, ela está lá para isso, e nós temos que prestar um serviço de qualidade e entregar vitórias. Esse é o compromisso que temos que ter.
Jogo de quarta
A base daquilo que eu pretendo fazer é que os jogadores se inspirem a darem o melhor. A entregar tudo o que eles tiverem de todo coração, para que possamos conseguir um resultado positivo na quarta feira, que a gente sabe que é vital para o seguimento na Sul-Americana.
Priorizar competição?
Eu gosto muito do elenco que o Fluminense montou. E nunca tive ideia de priorizar competição. Se temos chance, temos que tentar ganhar todas as competições que a gente disputar. Obviamente, vamos conversar com os departamentos, com os jogadores, para escalar sempre o melhor time para o Fluminense ter a melhor chance de ganhar os jogos.
Ganso
Eu tenho uma relação muito próxima com o Ganso. Eu tentei levar ele para o Santos, mas ainda bem que não deu certo. Quando eu falo do Ganso e não está vivendo um bom momento, não está jogando, soa estranho para quem está ouvindo. A minha opinião sobre ele nunca oscilou, e o Ganso para mim é um gênio. É um cara que faz coisas, e eu joguei e treinei muita gente talentosa. Ele faz coisas que ninguém faz.
É um gênio criativo que, por alguns motivos, não conseguiu ter a carreira que o talento dele merecia. A gente teve aquele contato na primeira passagem, eu que me meti para ele vir naquele primeiro momento, foi uma coisa que construí com o Fluminense. Acredito nele como jogador, como pessoa, e fico feliz que o Abel tenha conseguido junto da equipe ter colocado o Ganso para jogar antes de eu chegar. Ele é genial mesmo e eu fico muito feliz pelo momento que ele está vivendo.
Relação com a torcida
Ainda bem que subiu (a régua de avaliação da torcida). A gente tem chances de brigar em qualquer competição com esse elenco. O elenco que tínhamos, era muito bom, é só você ver onde estão os jogadores, Alan, Caio Henrique, João Pedro, mas o momento era muito diferente. Para quem viveu aquela época sabe que as coisas eram muito difíceis, hoje está tudo mais ajustado, e quero contribuir muito para que as coisas prosperem. Eu vou trabalhar mais ainda para que as coisas aconteçam.