Uma medalha para cada. Uma dourada e outra prata. Na final do futebol feminino das Olimpíadas de Tóquio, entre Suécia e Canadá, as canadenses foram as protagonistas e levaram o título e ouro olímpico. As suecas ficaram com o vice e medalha prateada, na partida eletrizante desta manhã de quinta-feira, pelo horário de Brasília. Com direito a emoção até o último segundo, a decisão histórica nos pênaltis foi no Estádio de Yokohama.
Diferente da disputa do bronze, entre EUA e Austrália, com chuva de gols, a final do futebol feminino foi sem muitos gols, difícil, equilibrada, com placar empatado, um gol para cada lado. Blackstenius representou o solitário azul e amarelo. Fleming, de pênalti, foi a dona do desconto vermelho e branco. Sinônimo de prorrogação.
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PRIMEIRO TEMPO
A Suécia, que foi para a final sem perder sequer uma partida, se mostrou mais forte no início da primeira etapa e pressionou a seleção canadense. Mas, como a disputa era pelo ouro, o Canadá, invicto até a final, não deu a crescente para as adversárias, se fez presente e gostou do jogo. Ainda assim, em oportunidade brilhante das suecas, a camisa 11, Blackstenius, marcou o gol que aproximou do ouro olímpico.
Coincidência ou não, Blackstenius também marcou na final das Olimpíadas do Rio, em 2016, contra a Alemanha. Porém, o gol não foi sinônimo de vitória nos últimos jogos olímpicos, em que as suecas levaram prata.
SEGUNDO TEMPO
Sangue nos olhos teve o Canadá durante toda a segunda etapa. Jogadoras fortes e convictas do empate, chegaram de forma agressiva e conseguiram um pênalti, que mudou a história do jogo. Jessie Fleming foi o nome do empate canadense. Bola para um lado e goleira para outro. Jogo vivíssimo!
Novas chances a todo momento, posse de bola equilibrada, apenas 1% a mais para as canadenses, significado de reação. Mas, também ligadas no jogo, as suecas conseguiram segurar o placar no sufoco. Que pressão elas tomaram no finalzinho! Placar todo igual, em 1 a 1. Prorrogação a vista.
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PRORROGAÇÃO ELETRIZANTE
Nos primeiros 15 minutos de tempo extra, as canadenses se mostraram mais adeptas a marcar o gol dourado. Julia Grosso arriscou boa bola de fora, mas goleira sueca fez defesa. Por outro lado, a Suécia também finalizou e procurou recuperação mas, partida equilibrada, visivelmente cansou as jogadoras. Sem mais gols nesse momento.
Vermelho, cor quente. Sinaliza fogo no parquinho e ataque canadense. O segundo tempo da prorrogação começou forte por chances claríssimas e perigosas para desempatar e evitar os pênaltis. Mas, quem diz que azul é cor fria, não neste jogo. Faltando poucos minutos para terminar a prorrogação, a Suécia reagiu de forma inacreditável, bola por pouco não entrou. E, pela primeira vez na história das Olimpíadas, a final do futebol feminino foi para os pênaltis.
PENALIDADE MÁXIMA
A decisão de pênaltis dramática do futebol feminino vai ser difícil de ser superada. Em 12 cobranças, apenas cinco entraram no gol.
A Suécia perdeu quatro gols. Dois foram na trave e um desesperadamente para fora, além de defesa impressionante da goleira adversária. As suecas converteram apenas duas cobranças em gols.
Do lado canadense, três bolas entraram. Mas, antes do término do sufoco, a goleira sueca deu show e pegou duas bolas. A outra batida perdida, para somar seis, foi na trave.
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Em meio a incerteza de quem levaria o título: reviravoltas. As suecas tiveram a oportunidade de fechar a partida e inacreditavelmente perderam. Chance para o Canadá, que fez o dever de casa e Julia Grosso, mencionada na prorrogação, marcou o gol dourado para a seleção canadense. O placar agregado ficou 4 a 3 (1-1 no tempo regulamentar e 3-2 nos pênaltis).
Jogo histórico, em que teve a primeira final do futebol feminino das Olimpíadas decidida em pênaltis. E para a alegria de Sinclair, do Canadá, experiente e exemplar aos 38 anos, com cinco Copas do Mundo, quatro Olimpíadas e 187 gols marcados, levou ouro em sua despedida.