Em uma profunda crise financeira, o Cruzeiro vem tentando diminuir seus gastos, incluindo na folha salarial de jogadores. Um perfil de scout e gerenciamento chamado BR Contracts revelou nesta quarta-feira (6), que a folha reduziu R$ 4 milhões de 2019 para 2020. Em outubro de 2019, a folha era de R$ 7,6 milhões do elenco principal e hoje está na casa dos R$ 3,6 milhões.
Não é novidade para ninguém que o Cruzeiro tem o elenco mais caro da Série B, competição que está atualmente na 11ª colocação. Mas, além disso, a folha salarial do plantel é quase o triplo da Chapecoense, vice-líder no quesito e na própria Segunda Divisão.
Se for colocado na Série A, a folha salarial do Cruzeiro seria a nona maior, ficando atrás apenas dos quatro times paulistas (São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians), dos dois gaúchos (Grêmio e Internacional), Flamengo e Atlético-MG. Ou seja, para manter os atuais jogadores do plantel, a Raposa paga mais que o Fluminense, que é o atual sétimo colocado do Brasileirão e que luta por vaga na Libertadores, Vasco, Botafogo, Ceará, Athletico-PR, Atlético-GO, Red Bull Bragantino, Fortaleza, Sport, Bahia, Goiás e Coritiba.
Apesar disso, o Cruzeiro em momento algum esteve no páreo buscando o acesso para a Série A e, atualmente, está mais perto do Z-4 (seis pontos) do que o G-4 (11 pontos).
Enxugar essa folha é um dos principais objetivos do Cruzeiro em 2021, já que a permanência na Série B é quase certa e sua receita continuará menor do que as equipes da Série A. O zagueiro Dedé, os laterais Giovanni e Daniel Guedes, e o atacante Zé Eduardo são os jogadores do atual elenco com mais evidência de saída. Com a chegada do novo diretor de futebol, André Mazzuco, a Raposa tentará cumprir o objetivo de fazer uma equipe mais qualificada para a próxima temporada e gastando menos.
Apesar disso, recentemente, o presidente do Cruzeiro Sérgio Santos Rodrigues, declarou que é possível que o clube faça cinco contratações para a temporada 2021.