A Fórmula 1 divulgou que irá adotar a política de vacinação obrigatória contra a COVID-19 em todas as etapas da temporada de 2022, além de seguir os protocolos de cada país que sediar a categoria. A decisão afetará todos que participarem no paddock: pilotos, membros de equipe, imprensa e até convidados especiais.
Segundo um porta-voz da F1, “a administração da Fórmula 1 vai requisitar que todo o pessoal envolvido esteja completamente vacinado e não terá exceções”, tentando evitar casos como o de Novak Djokovic. O tenista sérvio tentou entrar na Austrália (que exige vacinação para entrada no país), mas não comprovou sua vacinação e entrou numa disputa por tentar ser exceção.
Para o grid da Fórmula 1, a vacinação completa não deve restringir quaisquer participações. Ainda no ano passado, a corrida de Austin, nos Estados Unidos, exigiu ao menos duas doses do imunizante contra o coronavírus para entrada. Outro fator que poderia ter influenciado nesse movimento da categoria foi o calendário recorde de 23 etapas, visitando 21 países com diferentes políticas sobre a vacinação.
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A obrigatoriedade do imunizante também deverá reduzir os protocolos internos da F1 contra a COVID-19, possivelmente reduzindo a quantidade de testagem realizada dentro do paddock. Segundo relato do jornal Times e confirmado pela FIA à BBC, se ocorrem casos positivos, o rastreamento de contágio será feito seguindo os requisitos do país sede.
Desde o início da pandemia, apenas quatro pilotos perderam provas da categoria por testarem positivo para COVID-19: Sergio Perez, Lance Stroll e Lewis Hamilton em 2020, e Kimi Raikkonen em 2021. Fora da competição, o mais recente caso positivo dentro do grid foi Charles Leclerc depois da pós-temporada em Abu Dhabi.
Um personagem afetado pelas restrições vacinais foi Alan van der Merwe. Piloto do carro médico da Fórmula 1 desde 2009, o holandês optou por não se vacinar e já testou positivo duas vezes, a segunda sendo a causa para não estar no GP da Turquia, em outubro de 2021.