Após a partida contra o Esportivo, que acabou empatada na noite de sábado (25), o treinador Eduardo Coudet voltou a falar da dificuldade de marcar gols. Após a derrota no Gre-Nal, na última quarta-feira (22), o argentino já havia declarado como o atacante Thiago Galhardo fez alta em seu esquema de jogo. E que isso estaria prejudicando a forma de jogar da sua equipe.
Entretanto, na partida em Bento Gonçalves, o treinador novamente não escalou Galhardo de titular. Começou, inclusive, sem nenhum “camisa 9” clássico. O garoto Sarrafiore geralmente atua pelo meio mais recuado. Enquanto Pottker se movimenta por trás do centroavante ou pela ponta direita.
Para definir um parceiro ideal para Guerrero, alguns fatores são determinantes. Isso levando-se em conta como Coudet gosta de escalar seu time. Primeiramente, o argentino estimula que seus atacantes marquem os gols, basta ver que o peruano e Galhardo estão empatados na artilharia colorada em 2020. Em segundo lugar está a força física. Cobrando pressão constante os 90 minutos, é essencial uma ótima preparação corporal. E por fim a movimentação. Adepto da troca de posições constantemente, o treinador não pretende jogar com jogadores fixos em suas posições.
Thiago Galhardo
Aparentemente é quem está na frente da disputa pela posição. Contratado esta temporada, o jogador é, ao lado de Guerrero, o artilheiro do Inter em 2020, com 4 gols. Além disso, está se destacando também no número de assistências, 3. Porém, fatos como esse não são padrões em sua trajetória. Para se ter uma ideia, em 287 jogos, Galhardo marcou apenas 50 gols. Isto dá uma média de um tento a cada 5,7 jogos. Este número é bem abaixo do que o deste ano, em que Thiago consegue vencer o goleiro a cada 3 confrontos. A dúvida fica por conta de se ele vai conseguir manter os bons números, ou naturalmente regressar a média de sua carreira.
William Pottker
Se Coudet quiser gols, Pottker deve passar a ganhar chances. Artilheiro do Brasileirão de 2016, o atacante tem melhor média de tentos do que Galhardo. Nas suas 215 aparições, desde que começou a jogar, ele marcou 69 vezes. Isso dá um gol a cada 3,1 confrontos. Porém, pouco conseguiu atuar sob o comando do treinador argentino. Se apresentou acima do peso no começo da temporada e teve que se readaptar fisicamente para conseguir um lugar no time. Deve brigar pela titularidade, mas sua baixa área de movimentação, geralmente preso ao lado direito de campo, pode atrapalhar.
Andrés D’Alessandro
Ídolo colorado e jogador do clube deste 2008, parece estar perdendo espaço. Já com 39 anos, o argentino não consegue mais compensar seus problemas físicos apenas com habilidade. Na derrota para o Grêmio, tentou recuar diversas vezes para armar jogadas, mas sem eficiência. Aliado a isso, o camisa 10 não costuma marcar muitos gols. Mesmo sendo líder de assistências, ao lado de Galhardo, com 3, por vezes parece não entender as ideias de Coudet. Como gosta de participar mais da criação, D’Ale costuma deixar Guerrero isolado na frente, com muito espaço entre eles. Ainda deve jogar diversas vezes este ano por ser ídolo. Entretanto, em disputas decisivas, o treinador deverá optar por Galhardo ou Pottker, que conseguem pressionar com maior qualidade a zaga adversária. Para efeitos de comparação, o capitão tem 145 gols em 831 jogos, um tento a cada 5,7 partidas.
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