Apresentado no Atlético-MG na tarde desta sexta (21), o experiente zagueiro Diego Godín falou de como chega ao clube e o que espera para o decorrer do ano, sonhando com a final da Libertadores, mas colocando o Brasileirão como prioridade.
Godín agradeceu ao Atlético pela oportunidade, e aos companheiros e a torcida pelo apoio desde antes de sua chegada. Diz que sente bem e que se sentiu parte do grupo logo no primeiro dia. Aos 35 anos, o zagueiro foi um dos grandes nomes da última década no futebol europeu, mas caiu de rendimento no último ano. Ele explicou essa queda e que espera recupera o alto nível no Galo.
– No último ano, no Cagliari, coletivamente não conseguimos manter uma regularidade, mudanças de treinadores e o rendimento coletivo e individual, da maioria do plantel, foi abaixo. Não sou o mesmo de 20 ou 25 anos, agora tenho 35, mas sigo com a mesma vontade e energia (para jogar). Com qualidades diferentes, mas me sinto bem e com gana. Estou seguro que com essa equipe campeã, com grandes jogadores e profissionais, vou retomar um nível que também venho produzindo na seleção, que era diferente (acima) do que fazia no Cagliari.
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O zagueiro uruguaio revelou que recebeu algumas propostas quando decidiu deixar o Cagliari, no entanto, a partir da conversa com Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, ele “não teve dúvida” de que seria a melhor escolha. Quem também “ajudou” nessa escolha foi o meia-atacante João Pedro, revelado no Galo e um dos grandes destaques do Cagliari, sendo um dos brasileiros com mais gols nos últimos anos. Godín revelou que o brasileiro já falava do Galo antes mesmo de existir a possibilidade dele chegar ao alvinegro, e que JP ficou feliz que ele estava acertando com seu “clube do coração”.
TÍTULOS E GOLS
Questionado sobre o alto número de partidas que o futebol brasileiro tem, Godín disse que espera que o Atlético tenha um jogo a mais esse ano – foram 75 em 2021 – que é a final da Libertadores, e que o elenco atleticano é muito qualificado para esse alto número de jogos.
Apesar de sonhar com a Libertadores, Godín deixou claro que o mais importante pra ele são os campeonatos nacionais, principalmente o de pontos corridos, no caso, o Brasileirão. Pois esses campeonatos que mostram a regularidade de um time:
– Aqui é o título mais especial do continente (Libertadores). Mas, pra mim, nos anos de carreira, o mais importante é atender o campeonato local. O pão de cada dia para nós é o campeonato local, temos que mantê-lo vivo, isso que te dá energia e estímulo para competir na Libertadores. Ano passado foi assim, Atlético esteve bem no Brasileirão e chegou a semifinal da Libertadores, por detalhes pode estar na final ou não, depende do dia, mas no Brasileirão é o que dá a força para o time.
Após 15 anos na Europa, Godín volta a América do Sul e disputará também o campeonato mineiro, onde há jogos no interior, em campos com menor qualidade. Mas, para ele, isso não afeta: “Sai de baixo, me criei e me preparei aqui, não foram nos melhores campos. Estou preparado para tudo“.
O zagueiro é conhecido por ser artilheiro em sua trajetória e espera poder repetir o feito no Atlético, mas, antes de tudo, deseja manter o alto nível defensivo do time, que foi um dos pontos fortes em 2021: “Espero poder contribuir na defesa e poder ajudar, de vez em quando, com um gol. Seria bonito poder festejar um gol a Massa“.
Godín assinou com o Atlético até o fim de 2022, com possibilidade de entender por mais um ano. Ele será o substituto de Junior Alonso, zagueiro paraguaio que foi fundamental em 2021 e deixou o clube esse ano, rumo a Rússia.