A data de 21 de abril é especial para os palmeirenses. Em 1999, o Palmeiras buscava o título inédito da Libertadores da América, e teria o jogo da volta contra o atual campeão Vasco, em pleno São Januário. Tarefa difícil, mas que ficou mais tranquila graças a genialidade de Alex e Paulo Nunes, que foram fundamentais na vitória por 4 a 2, que classificou a equipe para as quartas-de-final.
Mais de 15 mil pessoas foram até o estádio para assistir a um grande jogo. O duelo de ida, em São Paulo, havia sido 1 a 1. A equipe comandada por Antônio Lopes abriu o placar logo aos aos 3 minutos com Luizão, após um bate e rebate, e finalização do ex-centroavante palmeirense, que contou com certa colaboração de Marcos. Depois, o goleiro acabou se recuperando e fazendo uma defesa importante em chegada de Donizete.
Aos 29, o Verdão teve cobrança de falta ensaiada, com a bola rolada para Júnior na esquerda, que cruzou rasteiro para a área, onde Paulo Nunes apareceu pra empatar. E aí começava o show, pois dois minutos depois, Alex e Paulo Nunes fizeram uma tabelinha monumental, e o meia chutou no meio das pernas do goleiro Márcio. Virada alviverde.
Mas, como aquele time sempre reservava muitas emoções, houve uma cobrança de escanteio na área, e a defesa se atrapalhou, deixando Ramón Menezes (aquele mesmo que, recentemente, treinou o Vasco) desviar de cabeça na primeira trave. Final do primeiro tempo: 2 a 2.
Após o intervalo, o Cruz Maltino não teve tempo nem de respirar, pois Alex recebeu cruzamento de Rogério, que havia entrado na vaga de Galeano, e o camisa 10 cutucou com a sola da chuteira para balançar as redes. Indo pra cima, o time de verde e branco teve falta sofrida na esquerda. O cobrador Arce acabou mandando a bola direto pro gol, surpreendendo a todos, que esperavam ela pelo alto. Márcio nada fez, e o Vasco acabou, com aquele gol, desmoronando em campo. Nem a expulsão de Júnior, aos 35, acabou ajudando o Vasco a diminuir o placar. Final: 4 a 2, e Palmeiras nas quartas.
Naquela mesma noite, o rival Corinthians superaria os bolivianos do Jorge Wilsterman e também avançaria de fase, para enfrentar justamente o time de Felipão, naquele que viria a ser mais um duelo de tirar o fôlego.
O resultado conquistado naquela noite na capital fluminense dava uma moral que o plantel palmeirense ainda não tinha, adicionando confiança para o treinador que, meses depois, iria erguer a taça pela segunda vez (ele já havia ganhado com o Grêmio, em 1995). Mas, para Sociedade Esportiva Palmeiras, foi um título inédito, que passou muito por aquela noite mágica em São Januário, em que o atual campeão era superado em grande estilo.
Escalações – Vasco da Gama 2 x 4 Palmeiras – 21/04/1999
Vasco – Márcio; Zé Maria, Odvan, Mauro Galvão, Alex Oliveira; Nasa, Paulo Miranda (Luiz Cláudio), Juninho Pernambucano, Ramón Menezes (Vagner); Donizete e Luizão. Técnico: Antônio Lopes.
Palmeiras – Marcos; Arce, Junior Baiano, Cleber, Júnior; César Sampaio, Galeano (Rogério), Alex (Roque Júnior), Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Evair). Técnico: Luis Felipe Scolari.
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