Aos 25 anos, o carioca Hugo Calderano corre contra o tempo para estar em sua melhor forma nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mesmo se recuperando de uma inflamação no ombro, o atleta é a grande esperança de medalha para o Brasil no Tênis de Mesa.
Atual número 7 do mundo (e o primeiro brasileiro a chegar entre os 10 melhores), Calderano participará de sua segunda Olimpíada. No Rio 2016 perdeu para o japonês Jun Mizutani nas oitavas-de-final, mas igualou o feito de Hugo Hoyama ao chegar nessa fase do torneio. Cinco anos depois, o mesatenista sente-se mais pronto para a disputa.
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— Mudou muita coisa. Em 2016, eu não tinha muita expectativa, era 50 e pouco no ranking, mas eu não estava na briga por medalhas. Agora estou mais forte e maduro, no top 10 há muito tempo, o foco e o objetivo são diferentes — explicou Calderano em uma coletiva organizada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Depois de 2016, Calderano conquistou a medalha de ouro individual e por equipes nos Jogos Panamericanos de 2019, em Lima. Venceu, também, o Campeonato Panamericano de 2017 em Cartagena e chegou à final do Aberto do Qatar, em 2018.
TREINAMENTOS
O brasileiro acredita que não terá problemas de adaptação, porque já treina com o mesmo tipo de mesa e de bolinha que será utilizada em Tóquio.
— Eu treinei bastante na Alemanha, não tivemos um lockdown tão severo, mas sem competição eu treinei. Tive um volume de treino bem grande, fisicamente e tecnicamente evoluí. Mas na últimas competições, não tive bons resultados, passei por uma fase um pouco mais difícil, só que consegui recuperar a confiança para Tóquio.
CHANCE DE PÓDIO
Hugo Calderano se vê em condições de subir ao pódio, embora admita que o favoritismo ainda é dos chineses, que possuem cinco atletas entre os dez melhores mesatenistas do mundo.
— Estou nessa briga. Os chineses são os grandes favoritos, mas muitos atletas estão nessa briga. Vou fazer meu melhor para chegar o mais bem preparado possível e trazer essa medalha. Agora estou voltando para a Alemanha. O trabalho foi muito bem feito no Rio. Consegui colocar uma boa intensidade. Não estou 100%, mas estou no caminho certo. Usei o tempo no Rio para fortalecimento e fisioterapia bem intensiva. Isso me deu bastante confiança.
A competição de Tênis de Mesa nas Olimpíadas de Tóquio 2020 começa sábado, 24 de julho.