O sétimo dia de competições prometia mais emoções pelos mais variados motivos, um deles sendo a estreia do bicampeão olímpico Hanyu Yuzuru na patinação artística masculina. No entanto, sua apresentação não foi como planejado, e o japonês foi apenas o oitavo no programa curto. Outra surpresa nessas Olimpíadas foi o ouro olímpico da Itália no Curling, o primeiro do país.
Poucos dias antes de sua primeira apresentação na manhã chinesa da terça-feira, 8, pouco se sabia sobre o paradeiro de Hanyu Yuzuru, algo que já aconteceu em outras competições (nas Olimpíadas de PyeongChang, em 2018, e no torneio nacional japonês, apareceu para competir cerca de dois dias antes de sua estreia).
No entanto, as altas expectativas para sua apresentação do programa curto, sua especialidade, foram frustradas de certa forma logo em seu primeiro salto. Tentando executar um salto quádruplo, o japonês errou no início do pulo e apesar de não ter caído, ficou sem os pontos pela tentativa. No final fez 95.15 pontos, suficiente para ser o oitavo. A chance de medalha ainda não está acabada, já que os que se classificaram terão a patinação livre, com início marcado para a quarta-feira, 22h30, horário de Brasília.
Esse problema não era de Nathan Chen. O americano de apenas 22 anos melhorou a excelente atuação no programa curto do evento por equipes e marcou um novo recorde olímpico, com 113.97, superando os 111.82 de Hanyu Yuzuru. Apesar de tudo, o japonês não reconhece como errou, e prometeu lutar na patinação livre:
— Estou tendo dificuldade em entender isso mais do que qualquer um no momento. Honestamente, não parece nem que eu cometi um erro. Eu não sei, foi azar? Eu fiz algo para o gelo não gostar de mim? É assim que me sinto, estando aqui nessa entrevista. […] Qualquer coisa pode acontecer. Vamos ver como as coisas se desenrolam. Só darei tudo de mim e tentarei escalar novamente a competição.
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+ Russa e holandesa quebram recordes na patinação artística e velocidade
Seguindo nas surpresas da Olimpíadas de Pequim em 2022, a dupla mista italiana do Curling fechou sua série invicta ao vencer mais uma vez, agora valendo o ouro, a Noruega, por 8 a 5. A jovem dupla formada por Stefania Constantini, de 22 anos, e Amos Mosaner, de 26, venceu os onze jogos que disputaram na competição. Entre elas, na última sessão, eliminando o Canadá, campeão olímpico em 2018. Após a conquista, Constantini diz que espera que o ouro incentive o curling em seu país, que não tem tradição no esporte:
— Estou me sentindo tão bem, é um sonho que virou realidade. […] Acho que é muito importante para nosso país porque penso que o curling deve ser mais conhecido. Acredito que as Olimpíadas em casa (Itália será sede dos Jogos Olímpicos em 2026) acontece apenas uma vez na sua vida. Será muito especial jogar lá, principalmente depois do que fizemos hoje. Na Itália, o Curling não é conhecido e durante essa semana muitos fãs estavam dando suporte para nós, e agora estão começando a se interessar pelo esporte.
Além da medalha inédita e da surpresa na patinação artística, o sétimo dia das Olimpíadas de Inverno em Pequim teve a Suécia se tornando a primeira colocada no quadro de medalhas da competição. A sueca Jonna Sundling garantiu o ouro no sprint do esqui cross country, fazendo uma dobradinha com sua compatriota Maja Dahlqvist; a americana Jessie Diggins fechou o pódio.
Outras provas que acabaram em dobradinha foram no Luge feminino e nos 1500m de patinação de velocidade masculina. As alemãs Geisenberger e Anna Berreiter foram ouro e prata, respectivamente, superando a russa Tatyana Ivanova, que ficou com o bronze. Na patinação, o recordista mundial Kjeld Nuis confirmou o favoritismo e cravou também o recorde olímpico na prova, superando a marca de seu companheiro holandês, Thomas Krol, que foi o segundo mesmo batendo o antigo recorde olímpico; Kim Minseok, da Coreia do Sul, foi bronze.
