Javier Weber é o nome do técnico responsável por conduzir a equipe do EMS/Taubaté/Funvic a uma temporada vitoriosa. O time montado pelo treinador chegou às finais das cinco competições as quais participou, levando o troféu em três: Troféu SuperVôlei, Supercopa e Superliga, fechando com chave de ouro o bicampeonato.
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– Foi uma temporada duríssima, porque tivemos de nos acostumar a jogar sem público, até mesmo a adaptação de não haver a troca de lado na quadra ao final de cada set, isso tivemos de nos acostumar também. E os adversários foram bem duros, Sada Cruzeiro, Minas, Vôlei Renata, todos colocaram dificuldades no nosso caminho, mas o Taubaté se superou. Nosso time começou a temporada de um jeito, e terminou de outro, muito melhor. Isso para um técnico é muito bom, ver a evolução de seus atletas coletiva e individualmente – comentou Weber.
Em entrevista, Javier Weber comentou a atuação da equipe nas finais da Superliga, elogiou a evolução técnica e falou do planejamento para a próxima temporada.
– Se falarmos em estatísticas, o nosso time melhorou em todos os fundamentos nas fases semifinal e final da Superliga. Como exemplo, falo do saque. Vínhamos com uma porcentagem de erros de saque em 18% na temporada. Nas finais, isso caiu pra 15%, o que gerou um resultado aparente em quadra e ajudou demais a construir nossas vitórias. Vínhamos com 10% de acerto no saque, e isso subiu para 14%. Na efetividade de ataque, tínhamos 55%, e nas finais isso subiu para 60%. Então essa análise em números prova que o time se superou nas decisões. Chegamos em cinco finais, ganhando três títulos nacionais, culminando com a conquista da Superliga em uma série final espetacular. Fico muito orgulhoso da minha equipe – analisou o treinador.
– Gostaria de agradecer muito aos jogadores do elenco campeão, a comissão técnica que fez um trabalho excepcional, a FUNVIC, aos patrocinadores e a Prefeitura de Taubaté. Essa temporada foi claramente um trabalho em equipe. Quando se fala em jogar em equipe, não é só quem está dentro da quadra, mas toda uma estrutura, uma engrenagem que tem de funcionar bem nos bastidores e no suporte dado ao clube. Agradeço também as torcedores que, mesmo sem poder estar nos jogos conosco, fazem parte da nossa família e mandaram muito apoio mesmo de longe – disse Javier.
O técnico argentino chegou ao Taubaté em 2020 para substituir Renan Dal Zotto, atual treinador da Seleção Brasileira, responsável por conduzir o time taubateano ao primeiro título da Superliga. O bicampeonato, conquistado em cima do Fiat/Minas Tênis Clube, também foi o segundo para Javier Weber em sua carreira como treinador. Na temporada de 2003/2004, o treinador conquistou a Superliga no comando da Unisul-SC. Entretanto, o objetivo de Weber não acabou e vai seguir à frente do projeto do Taubaté/Funvic na temporada de 2021/2022.
– Estou muito feliz com o acolhimento que tive aqui, feliz com o projeto e o planejamento do clube, com a estrutura que temos aqui. Taubaté hoje é uma marca no vôlei mundial. Fico orgulhoso de seguir como comandante dessa marca para a temporada 2021/2022. Estamos planejando a temporada com um trabalho para renovar o contrato de boa parte dos atletas campeões este ano, mantendo assim uma base sólida. Nossa ideia é manter um time base e ajustar as necessidades de acordo com o mercado atual, suprindo dessa forma as lacunas que os atletas que estão saindo vão deixar. Nosso trabalho está focado em fazer a reformulação natural que acontece sempre que há o final de uma temporada, mas buscando manter o patamar de um time que brigará por finais e títulos na temporada 2021/2022 – mencionou o argentino.
Quando atuava como atleta, Weber já jogou em equipe brasileira, era levantador da Ulbra-RS. Com o time gaúcho foi bicampeão da Superliga nas temporada de 1997/1998 e 1998/1999. Como treinador conquistou duas edições do campeonato, a primeira com a Unisul-SC e agora com o EMS/Taubaté/Funvic. Jogando pela Argentina, conquistou medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul 1998, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Mar Del Plata 1995. Em 2000 jogou nas Olimpíadas de Sydney, quando a Argentina eliminou o Brasil nas quartas de final.
Foto: Divulgação
Como técnico, Javier já esteve à frente do time argentino entre 2008 e 2013. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, levou a equipe ao quinto lugar e garantiu a medalha de bronze no Pan-Americano de Guadalajara 2011.
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