Pouco menos de uma semana após ter o contrato rescindido com o Corinthians por ter sido flagrado em um pagode enquanto se recuperava de lesão e ter faltado à reapresentação no dia seguinte, Jô falou pela primeira vez sobre o caso.
Em entrevista à “Rádio 365”, o atacante contestou se a situação teria o mesmo desfecho caso o clube tivesse vencido o Cuiabá. O vídeo mostra o jogador na festa no mesmo momento em que o Corinthians perdia essa partida.
— Se tivesse ganho, será que seria massacrado? Fico triste porque não é só comigo que acontece isso. O mundo tem muitos juízes, parece que só aquela pessoa fez coisa de errado. Ninguém nunca foi no pagode. Após cumprir meu trabalho, fazer o tratamento da lesão, eu tenho que fazer aquilo que a internet fala, que alguém quer — justificou o atacante.
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Jô ainda detalhou como tomou a decisão de pedir a rescisão contratual com o Corinthians e ressaltou que não vai cobrar o restante dos salários que tinha a receber pelo clube. O atacante tinha contrato até o fim de 2023.
— Decidi fazer isso, com muita dor no coração, claro, por respeito aos jogadores e à comissão. Para também, como a diretoria colocou na nota, não deixar uma situação talvez insuportável. Decidi seguir minha vida com tranquilidade. O que foi acordado, e a diretoria está ciente, é que o que tem para trás tem que ser pago. Eu abri mão do que tem para frente. Faltavam 18 meses de salário. Fizemos uma rescisão amigável e por respeito à instituição Corinthians e a todos os profissionais. Abri mão por uma rescisão amigável – esclareceu.
O atacante também lamentou a forma com que deixou o Time do Parque São Jorge, onde foi revelado e completou sua terceira passagem. Ao todo, foram 284 jogos disputados e 65 gols marcados, além de ter se tornado o maior artilheiro da Neo Química Arena e do clube no Século XXI.
— Sou corinthiano, sempre me dediquei ao máximo, mas tenho minha vida pessoal. Não deixei de fazer meu trabalho, não menosprezei a instituição Corinthians. Fiquei triste, sim. No futebol, nem tudo é da maneira que queremos, às vezes saímos do clube com títulos, outras da maneira que foi. Fui homem, fui franco, conversei com o Duilio (Monteiro Alves, presidente), e a situação foi decidida. Sigo minha vida tranquilo. Torço muito pelo Corinthians, tenho uma gratidão imensa — concluiu Jô.
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Quem também concedeu entrevista à rádio ao lado de Jô foi o técnico Fábio Carille, campeão do Brasileirão em 2017 com o atacante. O treinador recentemente assumiu o comando do V-Varen Nagasaki, da segunda divisão do Japão, e admitiu que já indicou a contratação do jogador à diretoria do clube.